quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A SAGRADA FAMÍLIA E AS NOSSAS FAMÍLIAS


“Quando chegou a plenitude dos tempos... Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher...” (Gl 4,4)

De acordo com o calendário litúrgico, a Igreja celebra, no primeiro domingo após o Natal, a Festa da Sagrada Família. Família inspiradora, modelo de amor, obediência e harmonia, ideal a ser seguido por todas as nossas famílias.

Jesus nasceu em uma família comum, de pessoas simples, trabalhadoras, como tantas famílias espalhadas pelo mundo. No entanto, esta celebração nos convida a refletir sobre a nossa vida em família, nossas alegrias e dificuldades, pois estamos sujeitos a pressões contrárias constantes. Difícil viver o amor de entrega total do casamento, um amor que exige busca e luta, quando o mundo nos incentiva a procurar somente, a“nossa” própria felicidade, esquecendo- nos, muitas vezes, pelo nosso egoísmo, dos filhos que o Senhor nos confiou.

Maria, modelo de mãe, “abriu mão” de toda a sua vida para cuidar de Jesus, ajudá-lo a andar, a falar. Tornou-se Mãe da Igreja, afinal o que seria de uma família, sem uma mãe? José foi servo fiel e silencioso, a quem Deus confiou o SEU FILHO. E, Jesus, imagem do Pai, que se encarnando na história, mostrou à Maria e a José, a grandeza do Amor de Deus.

Contemplando a Sagrada Família, somos chamados a fazer de nossas famílias um berço de amor, fidelidade, perdão e paz. E os jovens, a exemplo de Jesus, a serem fiéis à missão que Deus lhes confiou, tornando a sua família uma verdadeira “Igreja doméstica”, testemunhando, no mundo, que é possível viver, ainda hoje, os valores do Evangelho. Que nossas famílias se espelhem na Família de Nazaré!

Letícia Brasiliense

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL

 
"Celebramos no Natal o mistério da Encarnação - Deus que se pressentifica em nossa carne, nos chamando a adentrar em sua vida divina. E, reduzir isso a uma "festa de aniversário" empobrece o significado do tempo celebrado (que tem estrutura teológica, não necessariamente cronológica de data exata) e apenas alimenta a velha e perigosa lógica: aniversário é pra dar presente, presente precisa de gastos. E, na corrida consumista enchemos o shoppings mas deixamos vazios os corações.
 
Que nosso grande presente natalino seja uma nova maneira de ver e agir no mundo, conforme nosso compromisso cristão."
 
( Pe. Ricardo Alexandre, C.Ss.R.)

domingo, 22 de dezembro de 2013

MISSÃO CONTINUADA - 2013




O COMIPA e os MLR estão revitalizando a missionariedade em nossa paróquia, ultrapassando os seus muros. Os dois grupos caminham lado a lado, dentro do projeto missionário proposto, em 2012, na Semana Missionária Redentorista: levar a Palavra de Deus e o amor incondicional do Redentor aos irmãos, assim como organizar celebrações em condomínio e ruas, ações que avivam a dimensão missionária da Igreja Santo Afonso, na comunidade.

O caráter desse trabalho é impulsionar, de forma permanente, a ação missionária paroquial, visando o fortalecimento da fé – dos dois grupos e da comunidade -, a comunhão e a participação da Comunidade Redentorista com os paroquianos. O nosso estimado Papa Francisco, na sua Exortação Apostólica, propôs uma Igreja mais missionária e criativa, que saia às ruas em busca dos necessitados, estar com suas portas abertas para que aqueles que procuram Deus não se deparem "com a frieza das portas fechadas". Assim está caminhando os discípulos missionários da comunidade pastoral da Igreja Santo Afonso.

 

Encerrando as atividades de 2013, foi realizada no Condomínio Jamaica, próximo à paróquia, dia 19/12, às 19h30, uma missa com a presença do Pe. Ricardo Alexandre, C.Ss.R. e o Irmão Pedro Magalhães, C.Ss.R., moradores, MLR e representantes do COMIPA.

Em 2014, COMIPA e MLR estarão reacendendo a chama missionária, fortalecendo laços comunitários, no entorno da igreja, e, como seguidores da espiritualidade redentorista, renovando gestos de fidelidade ao Redentor, vividos e propostos por Santo Afonso.

Nair Pimenta



sábado, 14 de dezembro de 2013

OS REDENTORISTAS E A ENCARNAÇÃO




Deus se fez homem por todos nós e, em sinal do seu infinito amor pela humanidade, enviou seu Filho; nasce Jesus Cristo, que desce da onipotência divina e arma sua tenda no meio de nós. O mistério da Encarnação: é o processo que vai do “Sim” de Maria, até o “Sim” de Jesus na Cruz, e continuado misticamente na Eucaristia, como atualização da Redenção.


Santo Afonso precisou mergulhar no mistério o divino presente na Encarnação, Paixão e Eucaristia (três facetas do mesmo mistério), tendo como símbolos: Presépio, Cruz e Pão, (fatos essenciais que provam até onde chegou o amor de Deus em busca do amor humano), para constituir a Espiritualidade Redentorista, cujo objetivo de vida, é seguir Jesus. O Cristo Redentor é o centro da Espiritualidade Redentorista, celebrado na Eucaristia. Por isso, o amor “de” Jesus e o amor “a” Jesus é a chave da Redenção.


Segundo Santo Afonso, a grande misericórdia de Deus por nós, manifestada em Jesus, exige nosso amor em retribuição. “Porque desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6,38). E a vontade de Deus é que todos sejam santos, cada um em sua ocupação, seja na Igreja, na família ou na comunidade. Nesse amor, Deus movimentou a criatividade divina, encontrou na Encarnação, o chamado para a construção do seu Reino e a salvação da humanidade. 


O amor ao Verbo Encarnado é a primeira ideia-força da Espiritualidade Afonsiana, porque mantém o sentido de proximidade de Deus ao homem. E Santo Afonso acrescenta: antes que ver Jesus no outro, nossa espiritualidade pede que sejamos uma “imagem viva” de Jesus para o outro, uma continuação do Cristo para o homem de hoje. Por isso, o Redentorista continua nos passos de Santo Afonso, vivenciando a experiência do afeto profundo, a Jesus Cristo.


Ser redentorista é ter a espiritualidade na teologia da Encarnação, na fé e na centralidade de Jesus, como missionário itinerante. É necessário buscar uma identificação total com Jesus para se tornar de fato um redentorista, pois só Nele e com Ele seremos capazes de dar o “sim” e amar, como Jesus ama seu Pai. Redentorista é por exigência mítica, um continuador do Verbo Encarnado, em tudo o que a Encarnação redentora significa como inculturação.


...E o verbo se fez carne e veio morar no meio de nós. E contemplamos sua glória (Jo 1,14)


Cleo Gurgel – MLR/Rio

domingo, 8 de dezembro de 2013

MISSA NA COMUNIDADE, UMA AÇÃO MISSIONÁRIA





Tempo do Advento, preparação para a chegada do Salvador...  Tempo de espera, de oração, renovação e caridade fraterna.

Na quinta-feira, dia 5 de dezembro de 2013, às 20h, o nosso pároco, Pe. Luís Carlos de Carvalho, presidiu a celebração da Santa Missa em um dos condomínios no entorno da Paróquia Santo Afonso, com a participação de moradores, MLR e representantes da COMIPA. Essa iniciativa, que já faz parte do calendário da nossa igreja, foi elaborada pelos coordenadores dos MLR (Cátia Regina e Ângela Maria) e da COMIPA (Antonio Silva). A equipe litúrgica da celebração - Mesc’s, animador e leitores – foi composta pelos MLR e pela COMIPA.

Foi mais um momento de interação/integração – comunidade /igreja -, em prosseguimento ao projeto Missão Continuada, proposto ao final da Semana Missionária Redentorista/2012.  Hoje, a Igreja Santo Afonso faz a mesma prática de vida dos primeiros cristãos – Igreja primitiva -, que se reuniam nas casas, para celebrar a Eucaristia, com Maria presente e os discípulos missionários.

Discorrendo sobre o Evangelho do dia (Mt 7,21.24-27), lembrou que a solidez de cada um de nós está em construiu a “nossa casa” – corpo/templo do Espírito Santo, casa/família e Igreja -, sobre a Rocha, Jesus Cristo.

Ao final da celebração, o Pe. Luís Carlos cumprimentou os presentes e os convidou a participarem das atividades natalinas.

Que neste Tempo do Advento, que se repete a cada ano, os nossos corações se encham de muita alegria, sempre voltados à vigilância, à oração, à conversão, à abertura para ouvir e acolher a palavra de Deus como fez Maria e levar ao próximo, inclusive em seus lares, o espírito desse grande evento da história humana: o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

MLR/Rio

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

VIDA, FÉ E MISSÃO DOS LEIGOS MISSIONÁRIOS



Bonita parceria desta Província Redentorista vem fortalecendo e oferecendo novas possibilidades de comunhão mútua e experiências  no cotidiano da vida, fé e missão  dos leigos.   Parceria esta que encoraja e suscita compromisso e discernimento dos leigos como membros do povo fiel ao Cristo, o Redentor das nossas vidas e histórias. Como missionários, participam com alegria e audácia da missão de Jesus e da Igreja, no espírito do pai espiritual, o fundador  Santo Afonso e seus seguidores.

Organizados em Unidades, verdadeiras comunidades de fé e vida, os leigos reúnem-se periodicamente com a presença amiga e fraterna de um assessor (Redentorista) para formação, orações e partilhas. Compostos de homens e mulheres (casados ou não) e jovens,  respondem com esperança a vocação batismal, em comunhão com o carisma da Congregação Redentorista. Retiros e assembleias anuais, animadas e coordenadas também pelos Redentoristas estimulam e provocam disponibilidade para a missão e a vida apostólica.

Três são os eixos norteadores que alimentam a espiritualidade dos leigos nesta Província do Rio, fazendo florescer a “missão no coração e o coração na missão a serviço da abundante Redenção”: formação, aprofundamento na espiritualidade cristã e Redentorista e  a vivência e o despertar da criatividade missionária.

Sem dúvida, muitos leigos têm descoberto que o carisma e a espiritualidade Redentorista encontram eco na sua vida, fé e missão. Com certeza, essa parceria proporciona nova mentalidade missionária, novo jeito de fazer apostolado e outras tantas maneiras de se tornarem presentes no mundo da família, do trabalho, da sociedade e até mesmo como enfrentar os muitos desafios do seu dia-a-dia.

Sendo os Redentoristas  desafiados a reestruturação da  Congregação, é sim fecundo esse chamado  à comunhão para a missão. Assim, de mão dadas, Redentoristas e   leigos vão proclamando, de modo sempre novo, a Boa nova de Jesus Cristo ao mais abandonados.

Angelo Farias – Missionário Leigo Redentorista – Unidade Dom Muniz – BH/MG

Missa na rua





A Paróquia Santo Afonso promoveu uma missa na Rua Padre Champagnat, na 6ª feira, dia 22/11, às 20h, com a presença de mais de 50 pessoas, entre moradores e alguns membros de pastorais e MLR. As celebrações nessa rua acontecem há vários anos e, ainda, há o projeto – segundo os organizadores - de serem feitas mensalmente.

O povo foi chegando devagarinho. Primeiro, os colaboradores da igreja para montar uma tenda, onde o altar foi montado. Depois, os moradores com bancos e cadeiras foram surgindo, organizando o espaço. O lugar foi se transformando e teve início a missa, ao som da música “Te amarei”, aprofundada na primeira parte da celebração.

Apesar da chuva intermitente, desde a tarde, houve uma trégua durante toda a celebração, que foi presidida pelo nosso pároco, Pe. Luís Carlos de Carvalho, com a participação da Obra do Tabernáculo, Ministério da Música, MLR e Mesc’s.

A iniciativa dessa celebração partiu, em conjunto com os moradores, da coordenadora dos MLR, Cátia Regina, e do conselheiro do CPP de nossa paróquia, Antônio Silva, em continuidade ao projeto Semana Missionária Redentorista, realizado, neste mesmo período, em 2012, no entorno da Santo Afonso.

As missas realizadas, na rua, visam à comunhão das famílias da comunidade com a igreja local, o fortalecimento de suas caminhadas - comunidade e igreja - e levar, além da Eucaristia, o Evangelho para mais perto dos fiéis e de suas casas.

Brevemente, teremos outras celebrações na rua e em condomínios.

Venha participar desse movimento missionário de nossa paróquia! É enriquecedor e gratificante!

sábado, 16 de novembro de 2013

Uma possível leitura do quadro dos Mártires Espanhóis





O quadro, lindamente pintado por Belén del Pino, nos apresenta a vocação missionária redentorista vivida em Cuenca (apresentada como cenário) e que é vivida de forma martirial. A ponte de San Pablo se apresenta ao lado, como um espaço de saída para a missão de anunciar o Evangelho e para o martírio que se abre à vocação dos seis redentoristas, a identificarem-se plenamente com o Redentor. A ponte identifica a missão e o martírio. Toda vocação missionária está chamada a ser vivida em dimensão martirial.

O grupo dos seis mártires estão se movendo, em itinerância; caminham como comunidade de missionários que saem em missão. Uma vez mais nos fala da dimensão profética da comunidade apostólica redentorista, chamada a unir-se a Cristo Redentor e assinar com sua vida aquilo que anuncia em sua mensagem.

Cada um dos missionários-mártires leva  nas mãos um elemento com os quais identificam a vocação missionária: o Ir. Victoriano leva em suas mãos a Palavra de Deus; o Pe. Pozo, a cruz missionária; o Pe. Goñi, o ícone do Perpétuo Socorro; e o Pe. Ciriaco Olarte o rosário. Quatro  elementos que identificam a vocação missionária. O Pe. Pedro Romero tem as mãos em atitude de recolhimento e oração, que recorda a necesidade da oração para se viver como missionários. Por último, o grupo é precedido pelo Pe. José Javier Gorosterratzu, que leva a palma do martirio. O horizonte martirial é o horizonte própio do missionário, que anuncia o Evangelho de Cristo em meio a qualquer circunstância.

Finalmente, cada um dos mártires leva o elemento que sintetiza algo importante de sua vida. O Pe. Gorosterratzu leva a palma por ser o chefe do grupo; o Ir. Victoriano leva o livro por ser um missionário que pregou pela escrita, traduzindo a Palavra de Deus para os escritos  espirituais que compôs para a senhora que dirigía; o Pe. Julián Pozo leva a cruz, pois a sua vida foi um configurar-se com Cristo na cruz da enfermidade.

O Pe. Miguel Goñi leva o ícone do Perpétuo Socorro, que procura salvar como a melhor jóia da comunidade, por sua devoção mariana; o Pe. Ciriaco Olarte está passando as contas do rosário, recordando-nos que, quando foram detidos, acabavam de celebrar eucaristia e rezavam o santo rosário. Finalmente, o Pe. Pedro Romero está em atitude de silêncio, oração e recolhimento, atitude na qual viveu os últimos anos de sua vida, enquanto seus olhos contemplam a seus companheiros, pois ele viveu mais dois anos que eles, e coube a ele dar sentido à sua vida após o acontecido a seus irmãos de comunidade.

A atitude dos seis é seguir caminhando; há muito por fazer. A Congregação do Santíssimo Redentor tem de continuar anunciando a Cristo, por palavras e obras, en meio a todas as circunstâncias. Estes seis redentoristas convidam você a juntar- se a nós, consagrando-se na Congregação como religioso, ou incorporando-se à obra redentorista como leigo a compartilhar nossa espiritualidade e missão.


P. Antonio Quesada, CSsR
Madri/Espanha



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Prece pela tolerância


Não é mais aos homens que me dirijo. É a Ti, Deus de todos os seres, de todos os mundos e de todos os tempos.
Que os erros agarrados à nossa natureza não sejam motivo das nossas calamidades.
Tu não nos deste coração para nos odiarmos nem mãos para nos enforcarmos.
Faz com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e passageira.
Que as pequenas diferenças entre as vestimentas que cobrem os nossos corpos, entre os nossos costumes ridículos, entre as nossas leis imperfeitas e as nossas opiniões insensatas não sejam sinais de ódio e de perseguição.
Que aqueles que acendem velas em pleno dia para Te celebrar, suportem os que se contentam com a luz do sol.
Que os que cobrem as suas roupas com um manto branco para dizer que é preciso amar-Te não detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto negro.
Que aqueles que dominam uma pequena parte deste mundo e que possuem algum dinheiro, desfrutem sem orgulho do que chamam poder e riqueza; e que os outros não os vejam com inveja, mesmo porque Tu sabes que não há nessas vaidades nem o que invejar nem do que se orgulhar.
Que eles tenham horror à tirania exercida sobre as almas, como também execrem os que exploram a força do trabalho. Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos violentemos em nome da paz.
Que todos os homens possam lembrar-se que são irmãos!
(Voltaire)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Ano vocacional - tema de retiro dos MLR da Província do Rio



O retiro dos MLR da Província do Rio, ocorrido de 8 a 10/1, na Casa de Retiros São José, teve como tema central o Ano Vocacional Redentorista. Com a participação de mais de 50 missionários, o retiro foi coordenado pelo Fráter Marcos Silva, C.Ss.R. e por Jovanir Poleze, colaborador do Centro Nova Geração, Obra Social Redentorista em Cariacica (ES). Outros temas foram trabalhados como encarnação, paixão e eucaristia - pilares da nossa congregação.

Dias claros de comunhão fraterna com muita meditação, partilha e celebrações.

Encerrando o retiro, após uma análise do caminho percorrido ao longo desses três dias, o Provincial, Pe. Vicente Ferreira, C.Ss.R., presidiu a celebração eucarística e, após, ofertou exemplares do "Akikolá" de novembro, da 2ª edição do periódico "Um só corpo" (Espiritualidade Redentorista), da revista "Atitude Vocacional" (URB) e a 1ª edição revista “Nossa Missão”, mais nova publicação anual da Província do Rio, a cada MLR.


O Redentor te chama pelo nome. Sê forte na fé e alegre na esperança.
Ano Vocacional Redentorista - 01 de agosto de 2013 a 09 de novembro de 2014








quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Parabéns, Redentoristas!



Nossa Igreja é plural. Os relatos no Novo Testamento já apontam para a diversidade de formas de seguir Jesus nas primeiras comunidades.  Seguir os passos do Redentor é o elo que torna a Igreja UNA.

Dentro dessa pluralidade, Santo Afonso buscou um jeito próprio de seguir O Redentor, sendo fiel aos Seus ensinamentos, divulgando Sua mensagem e amando, especialmente os pobres. Santo Afonso foi tão ardoroso em sua iniciativa que ela perpassa os tempos e mantém a vitalidade até os dias de hoje.

Há 281 anos, Santo Afonso Maria de Ligório funda, em Scala, no sul da Itália, a Congregação do Santíssimo Redentor. A partir do dia 9 de Novembro de 1732, essa instituição, de vida apostólica e missionária, torna-se um referencial de missão e serviço contínuo aos pobres e excluídos.  Conhecida como Congregação Redentorista, foi criada atendendo aos anseios do fundador, voltada para as necessidades dos abandonados, que viviam no entorno cidade de Nápoles, nas montanhas, zona rural napolitana.

Por quase três séculos, os missionários redentoristas vêm dando continuidade ao carisma afonsiano, com dedicação focada nas missões populares e no atendimento espiritual aos desfavorecidos. Esses ardorosos padres, irmãos, e seminaristas, que vivem em comunidades, dedicam suas vidas totalmente à obra missionária, juntos, tornando viva a obra redentora de Jesus, pela Palavra e pela ação, de forma atualizada, atentos às mudanças do tempo e com respeito às culturas locais.

Presente em 77 países, nos cinco continentes, a Congregação Redentorista tem em torno de 5.500 sacerdotes, irmãos e seminaristas que professaram os votos de pobreza, castidade e obediência. Esse número a coloca entre as dez congregações mais numerosas no mundo católico.

A Congregação Redentorista está entre nós - fluminenses, mineiros e capixabas -, desde 1893, em paróquias e santuários, oferecendo atendimento pastoral e espiritual, pregações em missões, aconselhamentos, celebrações, visitas aos doentes e assistência social, zelosos no seguimento dos passos do Redentor.

Parabéns, Redentoristas pelos frutuosos 281 anos.

Alaíde Cunha – MLR/Rio



Redentoristas: fortes na fé e alegres na esperança



Quando os missionários redentoristas iniciaram a missão na Tijuca tinham como convicção anunciar o Cristo. Todos, padres e irmãos, trabalharam na paróquia para a santificação do povo de Deus. É um orgulho contemplar pessoas de todas as idades que se fortaleceram na fé graças ao testemunho alegre dos filhos de Santo Afonso.
A Congregação Redentorista foi fundada em 9 de novembro de 1732 por Santo Afonso, com o intuito de evangelizar os pobres e abandonados. Aqui, no Rio de Janeiro, a igreja de Santo Afonso se encontra no coração da Tijuca, um bairro bem desenvolvido, agradável e de gente amorosa. No início não era assim, e por décadas os Redentoristas trabalharam para que os pobres e abandonados da região conseguissem prosperar e atingir um nível de vida digno de filhos e filhas de Deus.
Prova de que a obra de Santo Afonso nunca está pronta é que, hoje, com todo o progresso que nos alcança, ainda encontramos muita gente pobre (espiritualmente e também de bem materiais), pessoas abandonadas por seus familiares e pelos órgãos governamentais. Nesse sentido, a missão dos Redentoristas nunca termina e não pode parar. Atualmente, a Congregação cresceu e, além dos padres e irmãos, podemos contar com o auxílio de muitos leigos que abraçam o carisma de nosso padroeiro e trabalham junto conosco no resgate dos abandonados deste tempo.
Ao celebrarmos o dia de Todos os Santos, tomamos consciência de que, na convivência paroquial, vamos nos santificando, através da correção fraterna, do perdão e do diálogo constante. Daí a importância de vermos o nosso espaço paroquial como uma escola de misericórdia e respeito, pois somos todos discípulos e missionários do Cristo. De tal forma que o que aprendemos de bom precisamos compartilhar, principalmente com quem está mais perto de nós.
Ter consciência de nossa missão é fundamental, e colocá-la em prática é um dom precioso. Isso porque nos santificamos dia a dia para recebermos a coroa da vitória que nos será entregue quando nos for aberta a porta para o Paraíso.
Celebrar Finados nos faz lembrar aqueles que já estão na glória de Deus, que cumpriram sua missão na Terra e agora intercedem por nós de junto de Deus. Um dia, todos nós partiremos. Que esse dia, quando chegar, seja uma surpresa alegre e contagiante, pela fé que temos no Deus que nos ressuscita - e faz, assim, justiça a todos os que praticaram o bem e viveram a caridade, tratando todo ser humano de forma igualitária e dócil.
Unidos, como missionários e continuadores da obra de Santo Afonso, somos fortes na fé e na esperança.
Pe. Luis Carlos de Carvalho Silva, CSsR

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Estações existenciais

 
A experiência do tempo define, em muito, as pelejas do caminho. Marcar os dias somente com as horas que passam, não alimenta o coração com esperança. Fardo pesado, assim sendo. Vida humana sobrevive é da graça. Daquele tempo sem registro definido, incalculável. Coisa parecida com eternidade, com o que não morre no fundo da gente. Como sacrário, em penumbras profundas, a alma inspira. Ora sossegada, agradece; ora, aflita, entristece. De alegrias e dores, cresce em raízes de memória sempre vivaz. Lago, de águas mansas e agitadas, a vida é cíclica, companheiro; diversa mesmo! Seu grande segredo? Movimento. Então, sem essa de querer tudo num passo de mágica. É preciso andar e, no caminho, dar tempo ao tempo, em estações diversas.

Cuidado, de verdade! Armadilhas não faltam. Em dias atuais, elas habitam tantos excessos. Que volúpia em possuir tudo em instantes pequenos, ou em protelar as coisas sem responsabilidade. Sem ritmos e ritos, o caminho fica curto. Seria inconveniente manter, no imaginário, ilusões de plenitude, de um tempo sempre cheio. Quantas promessas de heroísmos, de ganhadores de uma vez só! Gente nasceu para buscar, sonhar, projetar, aceitar demoras e, humildemente, esvaziar-se. Caso não se cuide, a raça humana se transformará em objeto de mercado. Vendendo e comprando desejos. E aí, você sabe, muitos ganharão com fonte tão preciosa. Outros andarão por trilhas amargas. Há que se ter coragem nessas travessias e, nas perdas e ganhos, mergulhar a existência em sentidos mais profundas. Sem ânsias de chegada rápida, afinal, hoje é graça com saudades de ontem e vontade de amanhã.

Lembre-se, constantemente, que homem não é máquina. Doloroso seria tentar manipular, depois do corpo, o espírito. Nas lucrativas tentativas de mapear dores e alegrias, há quem ganhe, vendendo promessas fáceis de felicidade. Ah! O grão de trigo, mencionado por Jesus, exige metamorfose. Caso não aceite a transformação lenta, não ressurgirá em broto. Ponha, então, um pouco de sabedoria em seu viver. Para ser sábio, é preciso ser amigo do céu, irmão dos irmãos, sem olhar o mundo com olhos vorazes. Como diz Guimarães Rosa: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.

Pe. Vicente Ferreira, C.Ss.R.
Superior Provincial

sábado, 2 de novembro de 2013

MÁRTIRES ESPANHÓIS

 
SCALA - C.Ss.R.
11/02/13 11:46:49


Caros Confrades, Irmãs, missionários leigos , associados e amigos,
Minhas saudações da Tailândia e da Reunião do Sub-Conferência do Sudeste Asiático!

No dia 6 de novembro, vamos celebrar, pela primeira vez, a memória litúrgica dos mártires espanhóis do século 20. Entre estes mártires estão seis Missionários Redentoristas: os padres José Javier Gorosterratzu, Ciriaco Olarte, Miguel Goñi, Julián Pozo, Pedro Romero e o irmão Victoriano Calvo. A lembrança o testemunho de suas vidas e de suas mortes é uma ocasião especial para toda a Congregação.

Nós ainda não temos os textos litúrgicos próprios aprovados para este memorial. Por esta razão, convido cada comunidade para utilizar os textos comum dos Mártires, inserindo os nomes de nossos confrades: José Javier, Ciriaco, Miguel, Julián, Victoriano e Pedro.

Como nos lembramos dessas testemunhas e missionários da Redenção durante este Ano de Promoção da Vocação Missionário Redentorista, que Deus nos renove em nosso compromisso com a vida apostólica e chame muitos outros irmãos para compartilharem conosco esta vocação para pregar o Evangelho de modo sempre novo!

Desejo-lhe toda a graça e bênção neste Memorial dos Mártires. Que a nossa Mãe do Perpétuo Socorro, Santo Afonso, todos os nossos santos e beatos, e especialmente os Mártires nos acompanhe hoje e sempre.

Seu irmão, no Redentor,

Michael Brehl , C.Ss.R.

INTEGRAÇÃO/SANTO AFONSO
PasCom

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A ESPERA NO REDENTOR



Celebrar finados não é chorar a perda daqueles que partiram deixando saudades, muito menos vazia lembrança de pessoas que tiveram entre nós. Finados: celebração da esperança, oração por aqueles que estão redimidos, força para o nosso desejo de encontro com o Redentor de toda a história.

Finados deve ser o dia do encontro. Primeiramente, encontrar com os que aqui estão: nossa família, amigos, companheiros de trabalho e saber que caminhamos juntos. Os que ainda lutam neste mundo precisam unir suas mãos. Em segundo lugar, o encontro deve ser consigo mesmo; deparar-se com o medo real da morte e também com a fé na ressurreição, sabendo que nossa vida não é apenas temporal, mas alcança a plenitude dos tempos. E, em terceiro lugar, de forma alguma menos importante, o encontro deve ser com o Cristo, Redentor de nossa vida. Perceber Nele a razão da existência e sentir que Nele estão as respostas de tantas perguntas construídas ao longo de nossos anos.

Todos os ritos que vivemos no dia de Finados e nos momentos da perda de alguém querido devem nos conduzir à esperança. Vazia seria nossa fé se não acreditássemos na Vida Sem Fim. Nosso difícil recordar, nosso choro, as flores, os cantos, as velas, as orações... tudo deve ser testemunho de um amor eterno. Assim, não há limites para o amor, não há reservas em amar alguém, não há barreiras para perdoar o outro, nem há razão para desistir da felicidade: as sementes que lançamos aqui, desde pequenos a grandes gestos, alcançam muito além dos nossos dias terrenos. Precisamos entender a vida assim: semente lançada almejando frutos eternos. O tempo marcado pelo relógio sempre passará, o tempo de Deus, além de nós mesmos e dos limites do mundo, não ficará no passado, sempre estará no futuro.

Termino minhas palavras em prece por aqueles que já repousam seu coração no Eterno Amor e peço que nós, na luta deste mundo, sejamos doadores de vida e testemunhas vivas da espera no Redentor.

Ederson Rodrigo de Andrade
Noviço da Província do RJ – MG - ES


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Combate à pobreza



Todos os anos, em 17 de outubro, a comunidade internacional se dedica à reflexão sobre o combate à pobreza. Preocupação maior da Igreja Católica, a partir do Evangelho de Jesus, tem sido reafirmada com veemência pelo Papa Francisco, que diz: “Quero uma Igreja pobre e para os pobres”.

Seu antecessor, Bento XVI, hoje Papa Emérito, na Encíclica “Caritas in Veritate”, afirma que “sem verdade, a caridade cai no sentimentalismo”. E explica ainda: “um cristianismo de caridade sem verdade pode ser confundido com uma reserva de bons sentimentos, úteis para a convivência social, mas marginais”, pois “a caridade exige justiça, o reconhecimento e o respeito dos legítimos direitos dos indivíduos e dos povos”. Portanto, não há outro caminho para a libertação, que não seja uma prática política cidadã, que garanta a todos uma educação de qualidade, desenvolvendo conteúdos críticos.

Educar é formar sujeitos capazes de: transformar a informação, que hoje é abundante e acessível, em um conhecimento que os faça capazes de trabalhar, produzir, de gerir a si próprios e à sociedade, de usufruir e de compartilhar.

A Paróquia Santo Afonso, mesmo não tendo em sua área comunidades pobres, está empenhada em promover ações de combate à pobreza. Tanto na Obra Social Santo Afonso e São Geraldo, como na própria paróquia estão sendo articulados projetos de promoção humana, em parceria com a Secretaria Municipal do Trabalho e com o SENAC, para oferecer aos cidadãos da Grande Tijuca.

Dom Helder Câmara dizia que as pessoas são pesadas demais para carregarmos nas costas, o importante é trazê-las no coração. Trazer uma pessoa no coração é reconhecê-la capaz de se tornar sujeito de sua vida e contribuir para isso. Só se combate a pobreza com educação crítica e participação política.

Ana Maria Galheigo

sábado, 12 de outubro de 2013

Eis a questão: o aborto




O aborto está sendo introduzido em diversos países, com financiamento de organizações internacionais e imposto pelos governos, sob a alegação de ser uma questão de saúde pública. Outras pessoas defensoras o apresentam como uma decisão pessoal: “o corpo é meu e faço dele o que quiser”. Para os que se opõem ao aborto, afirmam que só o fazem por motivos religiosos.

A verdade é diferente: o aborto é um assassinato, logo um crime que fere a lei natural. Cientificamente, ninguém pode duvidar que um embrião contém a estrutura física, psíquica e espiritual que integra o DNA único e irrepetível de cada pessoa. O ser humano passa por diferentes fases de desenvolvimento durante a sua existência -, e, em todas, ele tem vida. Desde o momento da concepção, um ser que vive. Se não fosse assim, como querem alguns “abortistas” não se multiplicaria, expressando processos vitais.

Diante disso, nós, católicos, somos contra o aborto, porque colocamos a vida acima de interesses particulares, sejam quais forem. Deve-se respeitar a justiça e o direito, sobretudo quando está em jogo a sorte dos mais fracos. Ninguém tem o direito de tomar ou destruir o que não lhe pertence. A defesa do embrião não é apenas uma convicção religiosa, mas uma lei natural. No nosso país, há alguns grupos minoritários tentando legalizá-lo. Se a questão é o aborto, reafirmamos nossa posição de católicos: somos contra, porque: “Abortar é matar quem não pode se defender”. (Papa Francisco)

A beata Madre Teresa de Calcutá nos aponta o caminho: “é hipocrisia gritar contra a violência que se alastra na sociedade, quando ela é cometida e incentivada contra bebês indefesos. Ninguém tem o direito de matar um ser humano que vai nascer: nem o pai, nem a mãe, nem o Estado, nem o médico. Se o dinheiro que se gasta para matar fosse empregado em fazer com que as pessoas vivessem, todos os seres humanos atuais - e os que ainda virão ao mundo - viveriam bem e muito felizes.”

José Adriano Gonçalves / MLR-Rio


A luta a favor da Vida
* Projeto de Lei nº 478/2007 – Cria o Estatuto do Nascituro.
* Projeto de Lei nº 416/2011 – Cria o Programa de Prevenção ao Aborto, ao abandono de incapaz, autoriza o Executivo a criar Casas de Apoio à Vida.
* Proposta de Emenda à Constituição (Pec) nº 164/2012 –Acrescenta ao artigo 5º da Constituição Brasileira a expressão “desde a concepção ao término natural da vida.”

A luta a favor da Morte
* Projeto de Lei do Senado nº 236/2012 – Reforma do Código Penal. Sugere a legalização do aborto e da eutanásia.

São Geraldo Majela - Seu amor pelo Redentor e por Maria



Esse foi um missionário redentorista incomum! Dono de enorme fé e santidade, foi fiel servo de Deus, sofreu na carne e no espírito suas dores, aceitando-as como vontade do Pai e caminho para o céu. Seu amor a Jesus Crucificado – o Redentor - começou ainda pequeno. Certa vez, junto aos amigos, organizou uma procissão, todos com velas nas mãos e ele próprio carregando uma cruz pelo jardim da casa de sua família. Ao fim do trajeto, prendeu a cruz no tronco de um carvalho e então, disse ao seu grupo de amigos “De joelhos, adoremos a Cruz de Cristo”.

Assim, como uma brincadeira levada a sério, as luzes das velas conduzidas pela garotada iluminaram a vida inteira de São Geraldo, que ingressou na Congregação fundada por Santo Afonso, se tornou irmão redentorista e sobressaiu por sua simplicidade, espírito de oração e amor aos pobres.

Não era a cruz, entretanto, o que ele buscava, e sim “Aquele” que deu a maior prova de amor, morrendo por toda a humanidade numa Cruz. Por isso, desde quando fez sua Primeira Comunhão, as penitências e os flagelos a que se impunha eram uma tentativa de se purificar e demonstrar amor Àquele que o amou até à morte na Cruz.

Muito cedo, aconteceram, na vida São Geraldo, sinais que indicavam que aquele frágil garoto de Muro recebia do céu agrados divinos. Nas proximidades de onde moravam havia uma pequena igreja em cujo altar ficava uma imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus no colo. Um dia, ainda criança, São Geraldo foi sozinho até lá para rezar diante da Mãe de Deus e de seu Filho. Tão logo se aprofundou na oração, algo inusitado aconteceu. A mulher e o menino no altar lhe pareceram ganhar vida e, num instante, como num sonho, o Menino Jesus desceu dos braços de Maria e veio brincar com ele.

Ainda bem pequenino, sua mãe, Dona Benedita, o despertou para o amor infinito de Deus e a convivência com Jesus e a Virgem Maria. Um dia, então, ele estava rezando à Virgem fervorosamente. Seu rosto, normalmente pálido, ardia como uma vela acesa. De repente ergueu-se e, apaixonado, retirou o anel que usava em seu dedo, aproximou-se da imagem e o colocou no dedo da Virgem Santíssima. “Hoje, fiquei noivo della Madonnina”, disse, triunfante.

É verdade que todos os santos tiveram grande amor a Nossa Senhora, mas não nos consta que tenha havido semelhante “noivado” na história da Igreja.

Os três amores de São Geraldo – Jesus na Santa Eucaristia, a Virgem Maria e os pobres – constituem, a nosso ver, o tecido da vida espiritual do santo irmão redentorista e nos deixam entrever de que se ocupava seu espírito.

São Geraldo, rogai a Deus por nós.

José Gurgel – MLR/Rio

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Outubro... das missões, da juventude e de tantas esperanças


“Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor, só nos resta aprender..."
Beto Guedes e Ronaldo Bastos


Eis que o ano vai se encaminhando, a passos largos, rumo a seu término. Já estamos no décimo mês de um ano marcado por tantos belos acontecimentos. Agora, dando mais um passo signifcativo, inauguramos o mês missionário, o outubro das crianças e jovens, dos educadores, da padroeira do Brasil, do jovem São Geraldo, modelo de perseverança. E como é bom celebrar este tempo ainda sob os reflexos da JMJ, que tanto alegrou nossa cidade e nosso povo, ao espalhar uma esperança alicerçada no desejo de seguir os passos de Cristo.

Outubro é tempo de celebrar e refletir sobre a nossa missão cristã.

Pelo batismo, todos somos também missionários, chamados a semear a esperança de Cristo por novos tempos – um tempo em que a fraternidade possa dar o tom de nossa convivência humana, e o amor fazer-se tão vivo e forte como as cores primaveris a despontar nos canteiros da vida. É tempo de cantar a força da renovação, na busca de novo impulso para nossa caminhada, sempre um novo começar.

É tempo de refletir sobre a força de vida que nos move a enfrentar os desafios que o mundo nos impõe, sem medo de assumir os erros, e de refazer os passos. Celebramos, nas festas de nossa padroeira, a Senhora Aparecida, São Geraldo e Santa Teresinha (patrona das missões), o desejo de que o projeto revolucionário de Deus, cantado no Magnificat, ganhe espaço entre nós, e de que juntos, possamos dar testemunho aos mais novos de que o futuro começa agora, com educação, cuidado e corresponsabilidade.

Finalmente, é tempo propício para lançar as bases de um plano evangelizador mais audacioso, que comece pela conversão interna; e se irradie no assumir, com coragem, a provocação que fez o Santo Padre, ao nos exortar que é urgente levar a Igreja para fora de seus muros. Especialmente para a juventude cristã, que celebra seu Dia Nacional (DNJ), este é o momento de não deixar passar a graça vivida, dias atrás, e de se lançar ao largo, na certeza de que não estamos sozinhos. Planejando, arriscando e sonhando juntos, é hora de desafiar o futuro, convictos de que não se pode deixar esfriar a chama acesa pelo convite de uma Igreja que não pode mais esperar.

O tempo é agora. Os jardins estão prontos para receber as novas sementes que germinarão e farão crescer a vida, revigorada pelo ardor dos que assumem, determinados a sua identidade cristã. A missão é de todos, é para todos. Não podemos deixar que o tempo apague em nós o desejo pelo novo, pelo desafio e pela alegria da realização.

Mesmo que a sensação do tempo passando rápido nos incomode, é hora de nos adiantarmos ao relógio, não deixarmos que ele nos devore. É hora de partilhar sonhos e metas para que nossa missão seja frutuosa no futuro e o trabalho de nossas mãos, depositados no altar do Senhor, acolhido como ação de graças de quem “retribui ao Senhor, todo o bem que ele nos fez”(Sl 116,12).

Pe. Ricardo Alexandre Ferreira, C.Ss.R.