segunda-feira, 28 de abril de 2014

DOZE ANOS DE CAMINHADA MISSIONÁRIA

Mais um dia de alegria, partilha e companheirismo – dia 27 de abril. Nesta data, completamos 12 anos de caminhada, lado a lado com a Congregação Redentorista, seguindo os passos de Santo Afonso.

Comemoramos o aniversário de nossa unidade na celebração das 16h, Dia da Divina Misericórdia, presidida pelo nosso pároco, Pe. Luís Carlos de Carvalho, e animada pelo nosso estimado assessor, Ir. Pedro Magalhães.

Nossa caminhada tem sido abençoada com projetos missionários no entorno da Santo Afonso (missas na comunidade, visitas missionárias, atividades comunitárias paroquiais), além de reuniões de formação, presença na mídia paroquial (jornal, site...), celebrações dos Santos e Beatos, parceria constante com a COMIPA, visitas da Capelinha Vocacional na casa de dos MLR e da comunidade paroquial... Enfim, todo um movimento missionário elaborado no início do ano, para que nossa confraria cumpra o que lhe foi concedido pelo Redentor... evangelizar e levar aos irmãos de nossa comunidade a Espiritualidade Redentorista.

Desejamos incrementar, mais ainda, a cultura missionária e uma ação evangelizadora, segundo o carisma afonsiano, em nosso espaço geográfico, em parceria com outras pastorais e, também, com a COMIPA. Estamos avançando no nosso discipulado missionário, na comunhão e complementariedade de vocações, pela partilha e continuidade formativa do grupo.

É nosso propósito, também, numa ação permanente na Igreja Santo Afonso, ajudar as pessoas a descobrirem, assumirem o seu espaço na igreja e realizarem a própria missão de serviço onde forem chamadas.

Que os Santos e Beatos Redentoristas nos projetam e nos impulsionem à missão.

PARABÉNS, MISSIONÁRIOS!

Nair Pimenta

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Celebração da Capela Vocacional Itinerante









No dia 06/04, domingo, às 17h, tivemos em nossa paróquia um momento especial – a Celebração da Apresentação da Capela Vocacional. Como estamos vivenciando o Ano de Promoção da Vocação Missionária Redentorista, em todos os países, a Província do Rio elaborou uma cerimônia para que todas as unidades a realizassem.

Em nossa paróquia, o evento foi animado pelo Ir. Pedro Magalhães, C.Ss.R., e presidida pelo Pe. Luís Carlos de Carvalho, C.Ss.R.

A celebração contou com a participação dos MLR – Missionários Leigos Redentoristas -, da COMIPA – Comissão Missionária Paroquial e a JMR - Juventude Missionária Redentorista nas dinâmicas, dando destaque à Capelinha Vocacional e às leituras próprias para o dia. Jovens e MLR anunciaram, à assembleia, com firmeza, os quatro tipos de vocação: sacerdotal, religiosa, matrimonial e laica.

Tanto o Ir. Pedro Magalhães quanto o Pe. Luís Carlos enfocaram a dimensão da vida dos consagrados, padres e irmãos, e de todos aqueles que se alimentam do carisma redentorista - do “jeito redentorista de ser”. 

O convite foi ratificado: “Vem e segue-Me!” Desta maneira, homens e mulheres são chamados a seguir o Redentor, a Copiosa Redenção, a anunciar o Reino de Deus. E, assim, realizar o projeto missionário a todos os cantos. “Grande é a messe, mas poucos são os operários para a sua messe.” (Lc 10,2)

O Pe. Luís Carlos lançou a proposta de uma peregrinação pelas residências, condomínios ou em ruas, com uma missa ou um momento de oração, para construir no entorno da Santo Afonso uma caminhada vocacional em sintonia com os Redentoristas.

Um momento especial, ao final da celebração foi a adoração ao Santíssimo e o envio da capelinha. A partir daí, quem desejar ter em receber a visita da Capela Vocacional, deverá deixar nome e telefone para marcação.

Como os Missionários Redentoristas, devemos ser fortes na fé e alegres na esperança.

“Fortes na fé, alegres na esperança, fervorosos na caridade, inflamados no zelo, humildes e sempre dados à oração, os Redentoristas, como homens apostólicos e genuínos discípulos de Santo Afonso, seguindo contentes a Cristo Salvador, participam de seu mistério e anunciam-no com evangélica simplicidade de vida e de linguagem, pela abnegação de si mesmos, pela disponibilidade constante para as coisas mais difíceis, a fim de levar aos homens a copiosa redenção.” (Const.20)

Nair Pimenta – MLR/Rio

segunda-feira, 14 de abril de 2014

A VIA-SACRA




      Existe em Jerusalém uma rua que se chama “Via Dolorosa”. É o caminho que todo grupo de peregrinos faz questão de percorrer levando uma grande cruz, que cada qual carrega numa parte do trajeto. Pouco importa se é preciso atravessar o movimentado sukh árabe, mercado de ruas estreitas, em meio à indiferença e ao desrespeito. Foi por aí que passou Jesus andando penosamente os 500 metros que separam o pretório de Pilatos do Calvário. Enquanto a gente vai pisando as pedras molhadas com seu suor e sangue, vai meditando e revivendo o Mistério Pascal, centro de nossa fé, chorando os pecados como Pedro, aprendendo a ser solidário como o Cireneu e a Verônica, abrindo-se como o Bom Ladrão à fé no Messias sofredor, para estar junto à cruz como Maria e o discípulo amado, e ali acolher com eles a Palavra que salva, o Sangue que purifica, o Espírito que dá a vida.     

       Os peregrinos que desde os primeiros séculos visitaram os Lugares Santos da Paixão, voltavam para suas terras com o desejo de reproduzir em suas próprias igrejas aquele caminho que tinham percorrido em Jerusalém. Daí nasceu a Via Sacra, ou “Caminho Sagrado”, em torno do século XIII, tempo de São Bernardo e São Francisco de Assis. Quando se estendeu a toda a Igreja do Ocidente, no século XV, era ainda variável o número e o conteúdo das estações, sendo fixado definitivamente em 14, pelo Papa Bento XIV, no século XVIII. Recentemente acrescentou-se a décima quinta estação, para celebrar a Ressurreição de Jesus, complemento imprescindível da sua morte na cruz.

       Você já notou que, quando assiste na TV à Via Sacra do Coliseu presidida pelo Papa na noite de Sexta-Feira Santa, as estações não são as mesmas que nós conhecemos? Ele segue a chamada Via Sacra bíblica, que João Paulo II presidiu pela primeira vez no Coliseu no ano 1991. Esta Via Sacra substitui aquelas estações que não têm referência nos Evangelhos (as 3 quedas de Jesus, seu encontro com Maria e com a Verônica) por cenas descritas pelos Evangelistas. Mas ambas as formas, a tradicional e a bíblica, continuam em vigor na Igreja.

         Aqui está um quadro comparativo para você entender as diferenças:


Via Sacra tradicional                                     Via Sacra bíblica



1. Jesus é condenado à morte                        1. Jesus no Horto das Oliveiras

2. Jesus recebe a cruz para carregar            2. Jesus traído por Judas e preso

3. Jesus cai pela primeira vez                        3. O Sinédrio condena Jesus

4. Jesus encontra sua mãe Maria                  4. Pedro nega Jesus três vezes

5. O Cireneu leva a cruz de Jesus                  5. Jesus é entregue a Pilatos

6. Verônica enxuga o rosto de Jesus              6. Flagelação e coroação de espinhos

7. Jesus cai segunda vez                                7. Jesus recebe a cruz

8. Jesus consola as mulheres de Jerusalém   8. O Cireneu leva a cruz de Jesus

9. Jesus cai terceira vez                                 9. Jesus e as mulheres de Jerusalém

10. Jesus é despojado das vestes                   10. Jesus é pregado na cruz

11. Jesus é pregado na cruz                          11. Diálogo com o Bom Ladrão

12. Morte de Jesus na cruz                            12. Maria e João junto à cruz

13. Jesus é descido da cruz                            13. Morte de Jesus na cruz

14. Jesus é sepultado.                                    14. Jesus é sepultado.

                                                          

      A Via-sacra pode ser rezada durante todo o ano litúrgico, mas adquire um significado especial durante a Quaresma. E quando a realizamos caminhando, tomamos mais consciência de nossa condição de discípulos seguidores de Jesus.

       Em cada Via Sacra se reflete sobre os sofrimentos do nosso tempo e por isso ela nunca deixará de ser atual, pois toda dor da humanidade é continuação da Paixão de Cristo: “Onde sofre teu irmão, eu estou sofrendo nele”.

      Termino com duas perguntas. Você sabia que Santo Afonso, mesmo na mais extrema velhice, não deixava de fazer a Via Sacra diariamente, percorrendo em sua cadeira de rodas as 14 estações no corredor do convento?

     Você já viu, na Via Sacra da nossa igreja, que a figura de Maria está presente em todos os quadros, em todas as estações? Bela maneira com que o pintor Carlos Oswald retratou a constante participação da Mãe na obra redentora do Filho. Também nisto ela é modelo para todos nós, filhos seus.



Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R.