domingo, 26 de julho de 2020

MLR /Rio em Live Especial




"Afonso Ligório - um Santo entre nós"
- Participações: Pe. Sérgio Luiz e Silva, João Carlos Peixoto/MLR, João Carlos Gonçalves/Ministério da Música e o Diác. Josilmar Andrade.
- Dia 25/07, às 18h, na Capela do Centro Pastoral/Paróquia Santo Afonso.

sábado, 25 de julho de 2020

AFONSO: um santo entre nós

Os MLR’S, homens e mulheres, são chamados para a missão de anunciar a Palavra de Deus aos mais pobres e abandonados, sinais proféticos de Jesus Cristo no mundo em que vivem.

Nesse dia 25 de julho, uma semana que antecede à comemoração de Santo Afonso Maria de Ligório, nosso padroeiro, nosso núcleo participou da “live”, Noite de Intercessão, no canal do Youtube, do Pe. Sérgio Luiz e Silva, pároco da Paróquia Santo Afonso.

Brilhantemente, João Carlos Peixoto Barbosa / MLR nos representou, falando com sabedoria e firmeza sobre o Santo Afonso.

PARABÉNS, MLR!!!


quinta-feira, 9 de julho de 2020

MEMÓRIA AGRADECIDA AO SERVO DE DEUS MARCEL VAN


IRMÃO MARCEL VAN: O REDENTORISTA QUE
TRANSFORMAVA SOFRIMENTO EM ALEGRIA


O testemunho do irmão Marcel Van, um jovem vietnamita, que morreu na Guerra do Vietnã traz uma forte mensagem de consolo diante do sofrimento. Ele viveu um verdadeiro calvário ao longo de toda a sua vida.
A história da vida deste frágil e humilde missionário embora bastante curta, ele morreu com 31 anos, traz relatos desde maus tratos na juventude, tragédias na família, perseguições e intenso sofrimento nos últimos anos de sua vida quando morreu na prisão.
Da época em que esteve preso, Irmão Marcel escreveu diversas cartas e nelas expressava profunda confiança em Deus. Olhando para a nossa realidade, em que estamos vivendo uma pandemia, onde muitas vezes estamos como que "presos" em nossas casas e vivendo dificuldades, o testemunho do irmão Marcel Van pode nos ajudar a superar alguma dor.

Então, vamos conhecer um pouco da sua história! Confere!
Ainda na infância animado pela religiosidade de sua família foi buscar sentido para a sua vocação. Passou a viver na casa paroquial onde recebia acompanhamento vocacional mesmo não tendo idade para ser um seminarista. Com o tempo, vivenciou o ciúme de outros jovens por causa de sua relação com o padre Joseph Nhá. Sofreu ameaças, violências e até ficou sem alimento por conta da inimizade dos seus companheiros.
Quando um ciclone arrasou a região, Marcel e os demais jovens precisaram voltar para suas famílias. Na sua casa, devido a perda do arrozal que era o sustento da família veio a fome e a miséria, que levou o pai a viver em casas de jogo e embriagado, e ainda teve uma tragédia que deixou o irmão cego, entre outros problemas.
Durante os anos seguintes, Marcel vive como um "fugitivo". Por não conseguir o diploma dos estudos primários quando retorna para a casa paroquial, vive um longo e penoso sofrimento porque não conseguia realizar a sua vocação. Volta para casa, depois retorna para a casa do padre, volta para a casa até que não conseguindo prosseguir os estudos, resolve fugir para outra cidade.
Lá vive da caridade de uma senhora, mas é quase morto pelo filho dela, que o atacou com uma faca no pescoço. Sua história ficou conhecida e muitos queriam adotar o menino pobre que quase tinha sido degolado. Ao ir para outra família, quase foi vendido como escravo, em outra, foi criticado por sua devoção, e acabou indo pra rua vivendo como mendigo.
Marcel volta então para sua casa e lá encontra a família na mesma realidade de pobreza e o pai totalmente perdido no jogo e na bebida. Ele tinha então, apenas 12 anos.
Quando já estava sem esperança alguma, recebe uma mensagem divina: de que o sofrimento é uma dádiva de Deus e que tinha a missão transformar o sofrimento em alegria.
Ao longo dos quatro anos seguintes ainda vive grandes dificuldades, até conseguir entrar no seminário redentorista de Hanói, mas nunca desiste de seu ideal. Sua fragilidade o expunha a ridículos e acabava sendo chamado de preguiçoso. Foi nessa época que recebeu o nome de Marcel, ele tinha sito batizado como Joaquim.
Com 18 anos finalmente consegue fazer a profissão dos votos religiosos. É um dia muito alegre em sua vida! Seis anos depois realizava a profissão perpétua.

Irmão Marcel ainda viveu diversas provações, mas a maior ainda estava por vir.
Ele acabou sendo preso em Hanói no dia 07 de maio de 1955, por demonstrar opiniões contrárias ao regime comunista. Como não confessava que era inimigo do regime, depois de várias horas de interrogatório, foi levado para a prisão central de Hanói. Dois anos depois ele foi transferido para o campo de concentração de Yen Binh.
Lá viveu quatro anos até que numa tentativa de fuga foi colocado na solitária onde passou os seus últimos meses de vida.
Morreu no dia 10 de julho de 1959, de beribéri, tuberculose e exaustão diante desses sofrimentos.
Na prisão, Irmão Marcel deixou algumas mensagens que podem ajudar a compreender o mistério do sofrimento humano e como a fé em Deus é o que dá forças diante de toda dor.

Confira mensagens que irmão Marcel escreveu na prisão:

“Desde que cheguei aqui, o meu trabalho se assemelha ao encargo de um padre de paróquia. Fora das minhas horas de trabalho forçado, devo receber as pessoas e aconselhá-las. Todos me procuram, pensando que sou um homem incansável. Veem que sou fraco, mas onde mais podem encontrar consolo? Então, é necessário que eu me doe”.

“Agradeço de coração a Deus. Estes meses de prisão não causaram qualquer prejuízo à minha vida espiritual. Muito frequentemente Deus me faz ver que é a sua vontade que estou realizando aqui. Diversas vezes pedi que me viesse buscar... A cada vez parecia-me que Ele respondia: ‘Caro filho, pense em todas estas almas que o procuram em busca de consolação, que distribuo por seu intermédio. A quem iriam e como eu chegaria a elas, se você não estivesse aí?’ Eu só poderia responder com uma palavra: Meu Deus, quero obedecer-te em tudo”.

“Na prisão, como no amor de Jesus, nada pode retirar-me a arma do amor. Nenhum sofrimento é capaz de apagar o sorriso carinhoso que deixo transparecer habitualmente no meu rosto emagrecido. E para quem é o carinho do meu sorriso, se não para Jesus, o meu Bem Amado?”.

“Só me resta o amor e, com o amor, uma vontade heroica. Sou a vítima do Amor e o Amor é toda a minha felicidade, uma felicidade indestrutível”.

“O inimigo pode destruir meu corpo, mas ele não pode abalar minha vontade. Ore muito por mim, para que eu tenha a coragem de lutar com ardor até o fim”.





sábado, 4 de julho de 2020

MEU SENHOR E MEU DEUS!


No encontro de Jesus com seus discípulos e depois com Tomé afloram os ensinamentos sólidos do Mestre para eles e para toda a Igreja até os dias de hoje. Por três vezes Cristo afirma: A Paz esteja convosco. Na pandemia que vivemos nos conscientizemos de que a paz do Senhor está conosco. Não podemos nos desesperar, tranquilizemo-nos, porque Ele está no meio de nós. Depois Ele afirma aos discípulos que, como o Pai o enviou, Ele também os envia para a missão e a todos nós em qualquer circunstância, mesmo na que nos encontramos. Jesus sobrou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo. Isto nos faz lembrar o que está no Gênesis, quando "Deus formou o homem com o pó da terra e soprou em suas narinas o sopro da vida, e o homem tornou-se um ser vivente"(Gn2,7). Todos nós recebemos o sopro da vida, presente de Deus. Temos que valorizá-la e resguardá-la com carinho, porque Deus não nos criou para a morte, mas para a vida. No sopro do Espírito Santo sobre os discípulos, ocorreu o nascimento espiritual deles. O nosso nascimento espiritual aconteceu no batismo e ficamos repletos do Espírito. Por isso sejamos dóceis e que Ele nos leve aonde quiser e a quem precisar de consolo, de perdão, de ternura. Cristo, reconhecendo a nossa fragilidade, porque somos pecadores, instituiu o sacramento da reconciliação: a quem perdoardes os pecados, serão perdoados e a quem retiverdes, serão retidos.  No momento atual, rezemos pelos agonizantes, para que eles, antes do último suspiro, se convertam e se reconciliem com Jesus. O coronavírus é tão agressivo que afasta os familiares dos moribundos, deixando-os sozinhos e isolados e assim muitos falecem. Ruptura violenta!

Tomé, no encontro dos discípulos com Jesus, era o único ausente. Penso eu que ele, atônito, procurava pelo Mestre, diante das diversas informações desencontradas sobre Ele. Ao se encontrar com os discípulos, estes afirmaram que viram o Senhor. Tomé deve ter raciocinado: mais uma notícia sem fundamento e respondeu taxativamente:" Se eu não vir o sinal dos pregos em suas mãos, se não puser meu dedo na marca dos pregos e se não colocar minha mão em seu peito, não acreditarei." Tomé estava no limite de sua procura, junto com os outros discípulos. Jesus entra, mesmo com as portas fechadas, como nos encontramos hoje, e acalma a todos, afirmando que a paz esteja convosco. Dirige-se a Tomé e de forma direta pede que ele ponha o dedo em suas chagas e não seja incrédulo. Tomé extasiado exclama: Meu Senhor e meu Deus! Jesus respondeu que ele acreditou porque viu, mas felizes os que não viram e acreditaram. Nós muitas vezes procedemos como Tomé, principalmente nesta pandemia. Mas Ele está presente, basta que abramos os olhos de nossa alma e sintamos a sua paz que nos conforta. As suas chagas são de amor e encontram-se abertas nos desempregados, nos que passam fome, nos que sofrem por parentes acometidos pelo coronavírus, nos que perderam entes queridos, nos depressivos, nos moradores de rua, na coragem e disponibilidade dos que trabalham na rede de saúde e dos serviços essenciais. Encontramo-nos ansiosos, é verdade, mas Deus está conosco, com suas chagas abertas para nos acolher, nos abrigar, nos consolar e providenciando o melhor para cada um de nós. O nosso grito de guerra seja sempre: MEU SENHOR E MEU DEUS!  Eu creio, aumenta a minha fé! (Jo 20, 10-29).

                                                     José Adriano Gonçalves-MLR