domingo, 8 de setembro de 2013

14 de Setembro - Memória a Madre Mª Celeste Crostarosa



A Venerável Madre Maria Celeste Crostarosa



Maria Celeste Crostarosa, uma mulher que soube amar até o fim, possuidora de uma  sabedoria divina para contemplar a ação de Deus através de sua vida: a vida sempre em  movimento...

Ela nasceu em Nápoles, em 31 de outubro de 1696, com o nome de Giulia Crostarosa  Marcella, filha de Francesco Battistini Caldari Crostarosa e Paola, um descendente de uma família nobre de Abruzzo, L'Aquila e senhores Pizzoli.  Foi a décima entre doze filhos, sendo cinco homens e sete mulheres. Uma jovem típica napolitana:  sensível, alegre, viva e de inteligência precoce, apreciava as leituras da vida dos Santos, feitas em família.

Aos vinte e um anos de idade, Giulia e a irmã mais velha, Úrsula, entram juntas para o Convento  Carmelo de Marigliano. Dois anos depois, Giovana, a irmã mais jovem, seguiu o mesmo destino.

No dia 21 de novembro de 1718, festa da “Apresentação de Maria ao Templo”, Giulia e Úrsula receberam o hábito religioso. Giulia passou a se chamar Irmã Maria Celeste e, no ano seguinte, fez a Profissão Religiosa.   Dedicou sua vida à missão, principalmente por meio da contemplação, com pertença ao Mosteiro da Visitação, em Scala. E foi em Scala que um certo Padre, adoentado, chamado Afonso, fora enviado para descansar  próximo ao convento de Irmãs e lá conheceu a Irmã Maria Celeste cuja  virtudes se destacavam.

Em 3 de outubro de 1731, a Irmã Maria Celeste obteve uma visão. Nela, Afonso estava designado por Deus para fundar uma Congregação.  O Padre Afonso travou um duelo entre este designo de Deus e a humildade que escolhera para viver, esta luta foi um verdadeiro martírio para ele. A santa irmã chegou mesmo a intimá-lo: “Dom Afonso, Deus não o quer em Nápoles; chama-o para fundar um novo Instituto”.

Padre Afonso escutou o seu coração e aceitou a missão que Deus lhe conferiu. Assim, deu vida ao Instituto do Santíssimo Salvador. Mais tarde, o Instituto se dividiu em dois ramos: o das monjas de clausura, na referida ordem religiosa; e a 9 de Novembro de 1732, o ramo dos religiosos de vida apostólica e missionária que passou a se chamar Congregação do Santíssimo Redentor.

Os pensamentos santa irmã, sua espiritualidade, experiências místicas, estão contidos em numerosos escritos de grande valor, mantido em excelentes condições. Ela nasceu para dirigir, com inteligência incomum. Possuía a capacidade de conseguir o que queria, congregando com a força de persuasão e do exemplo.

Madre Maria Celeste Crostarosa morreu em Foggia 14 de setembro de 1755, aos 59 anos, seu processo de beatificação foi introduzido em 11 de agosto de 1901.

“No ultimo dia 3 de junho, o Papa Francisco autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto sobre as virtudes heróicas da Irmã Maria Celeste Crostarosa, fundadora das Redentoristinas. Este decreto marca a feliz conclusão dessa fase da causa que diz respeito à pesquisa e estudo de sua vida, as virtudes e a fama de sua santidade, com a promulgação do decreto, Ir. Maria Celeste foi declarada VENERÁVEL.”

A autenticidade das revelações sobre o novo Instituto é universalmente reconhecida, e as Congregações dos Redentoristas, reconhece-a como Mãe, cuja “gestação” da Congregação se deu no meio de uma vida dolorosa e incompreendida por muitos.

Paulo Alexandre e Ariadne Vieites – MLR-Rio