segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Beatos Redentoristas - Testemunhos da Copiosa Redenção






Queridos irmãos e irmãs de caminhada, eis aqui uma breve abordagem a respeito dos beatos redentoristas, o que eles representam para a Congregação Redentorista e para nós que seguimos os passos de Jesus Cristo, segundo o carisma de nosso padroeiro, Santo Afonso.

Mas o que significa beato? Na Igreja Católica, é a pessoa aprovada num processo de beatificação, que vem a ser um dos passos para a canonização. Depois que a pessoa é beatificada, o papa autoriza a sua veneração pública. O beato pode ser canonizado depois da comprovação de um ou mais milagres atribuídos à sua intercessão. Antes, é designado Servo de Deus; a seguir, Venerável – duas etapas que antecedem a beatificação. Por último, vem a santificação, quando a pessoa é declarada digna de ser venerada e invocada por sua vida de santidade.

A Congregação Redentorista sempre teve a preocupação em transmitir e preservar a memória dos homens de fé que deram suas vidas pela Copiosa Redenção.

Até o ano passado, comemorávamos nove beatos, sendo quatro ucranianos, dois alemães, um tcheco, um holandês e um italiano. Em junho de 2013, o Papa Francisco beatificou mais seis, todos de origem espanhola.

Após as canonizações de Santo Afonso Maria de Ligório, São Geraldo e São Clemente, a Congregação iniciou o processo do beato Januário Maria Sarnelli, padre italiano que se dedicou ao aspecto social da espiritualidade redentorista, indo ao encontro dos discriminados - prostitutas, encarcerados -, doentes, idosos e crianças desvalidas. A partir daí, já no século XX, vieram mais oito beatos: os ucranianos e o theco, mártires do rito greco-católico.

Estes mártires, enfrentaram, no século passado, o regime duro e implacável da União Soviética, que perseguia impiedosamente os religiosos. O regime totalitário soviético e a propagação do ateísmo sacrificaram homens que defendiam os pobres, que não se conformavam com as atrocidades de um governo que não admitia qualquer forma de oposição às suas teorias. Todos sofreram torturas e interrogatórios exaustivos, isolamentos em campos gélidos na Sibéria e celas solitárias, que acabou levando-os a mortes trágicas.

Aqui na América Latina, no Suriname, vizinho ao Brasil, o beato Pedro Donders, é comemorado por sua missionariedade junto a negros escravos, índios e leprosos, símbolo de entrega ao projeto missionário de Santo Afonso e testemunho de um apostolado vivo.

Não diferente, durante a guerra civil espanhola - 1936/1939 -, religiosos foram mortos por ódio à Igreja, por membros do partido contrário, a Milícia da Frente Popular, ou Partido Republicano, apoiado pelo Comunismo russo. Na ocasião, a ditadura de Franco tinha o apoio da Igreja espanhola (e até do nazifascismo: bombardeio de Guernica!). Os seis religiosos redentoristas, recém-beatificados,  membros da comunidade de São Felipe de Cuenca, foram martirizados e levados à morte.

Há ainda mais de uma dezena de casos de mártires redentoristas em processo de beatificação.

Ao analisarmos toda a trajetória dos 281 anos da Congregação, esses valorosos homens, pelo “sim” ao Redentor, firmaram, com ardor missionário, o carisma afonsiano em diferentes culturas e situações sociais, proclamaram a Boa Nova até o final de suas vidas e tornaram se testemunhas do Evangelho.

Cátia Regina e Ângela Maria
MLR/Rio