terça-feira, 28 de abril de 2020

PADRE JOSÉ GERALDO DE SOUZA - 19 ANOS CAMINHANDO COM O REDENTOR

 Pe. José Geraldo de Souza, hoje dia 28 de abril, louvamos e agradecemos ao Redentor pelo dom de sua vida, por mais um ano de sua ordenação sacerdotal. São 19 anos de pertença à Congregação do Santíssimo Redentor.
A Paróquia Santo Afonso é abençoada pela sua presença e pelo seu trabalho, sua sabedoria pastoral e também seus conselhos, que sempre nos direcionam para o caminho certo.
Os MLR’s, da Paróquia Santo Afonso, sentem-se agraciados por tê-lo como Assessor Espiritual. Sabemos que não caminhamos sozinhos, pois temos o senhor, Pe. Souza, a nos conduzir e orientar.
É muito importante fazer memória, principalmente, como atitude de ação de graças, pelo dom recebido.
Parabéns, estimado assessor, por este dia tão significativo em sua caminhada. Que Maria, mãe da Igreja, plena do Espírito Santo, o abençoe, o fortaleça cada vez na sua vida presbiteral.






segunda-feira, 27 de abril de 2020

Via Sacra da Ressurreição - 2020





   Em tempo de “distanciamento social“, decorrente da pandemia do “Covid-19” - o Coronavírus -, nós, MLR, fomos desafiados a superar esse momento. Por estarmos no Tempo Pascal, ocorreu-nos a ideia de montar a Via da Ressurreição, com a participação dos missionários e aspirantes.
    Descobrimos que o tempo do distanciamento não deveria nos impedir de continuar a nossa caminhada. Pensamos: não podemos dar continuidade aos nossos serviços na comunidade paroquial, tão pouco nos engajarmos em alguma atividade missionária externa, no entorno da Paróquia Santo Afonso, mas, pelas mídias, podemos chegar ao Povo de Deus.
     Como sermos uma Igreja em saída, mais presentes, mais participativos, em comunhão?
   Partindo desse pensamento, montamos a Via da Ressurreição. Assim, nos tornamos presença missionária, de modo diferente, procuramos levar o sentido de ser Igreja, de companheirismo e de integração da nossa unidade ao próximo e a toda a comunidade.
     Conseguimos, com amor, dedicação e a proteção do Santo Afonso, vencer o desafio. 

sexta-feira, 24 de abril de 2020

PÁSCOA: MEMÓRIA, PROFECIA E LIBERTAÇÃO!


Pe. José Geraldo de Souza, C.Ss.R. (Reitor)

Somos curiosos diante do mistério pascal e queremos entender melhor o que aconteceu com o Povo Hebreu, do qual Jesus de Nazaré fazia parte. A palavra Páscoa em hebraico, “passach”, significa passagem da escravidão para a liberdade, da morte para a vida. Quais foram essas passagens na história?  Esse povo foi libertado por Moisés dos Egípcios, construtores de pirâmides, e que se consideravam deuses, depois de 400 anos de escravidão dos hebreus, com saída tumultuada e ceia apressada caminhou pelo deserto até a Terra Prometida, onde correria leite e mel (Ex 12).  
Trata-se, portanto, de uma refeição feita em pé, com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão (Ex 27,12). O sangue do Cordeiro imolado marcou os umbrais das portas dos que seriam salvos do anjo exterminador e as ervas amargas lembraram o sofrimento no Egito. Tal libertação é o acontecimento mais importante na história dos hebreus. A Páscoa esteve também ligada à festa dos pastores, onde se comemorava a passagem do inverno para a primavera, com a explosão de vida.
Jesus, filho de Maria e José, conheceu e vivenciou anualmente a Páscoa judaica, tendo o mesmo frequentado o templo e as sinagogas. Ele não tinha intenção de se opor ao judaísmo ou sistema político, mas resgatava a essência desses dois núcleos corrompidos na relação das pessoas com Deus e delas entre si. Jesus criticou firmemente o dualismo nas escolas religiosas, entre elas, a Escola dos Fariseus.
Jesus é o verdadeiro Messias e Libertador, aquele que fora anunciado pelos profetas, Ungido de Deus, descendente da tribo de Davi, grande Rei, que convivia com os pecadores e pobres. Ele anunciava o Reino com ênfase “na misericórdia e não nos sacrifícios e holocaustos”, em oposição à noção de favores e merecimentos (Mt 9, 13).
Nesse contexto religioso e político houve muitas incompreensões sobre essa figura messiânica, que às vezes era confundida com o messianismo político (líder ideológico) ou taumaturgo religioso (milagreiro). Após a sua morte e ressurreição, nas primeiras comunidades os apóstolos e seus seguidores se perguntavam: Por que Jesus havia morrido? Nas reuniões que ocorriam aos domingos em memória a sua pessoa e a Páscoa, os apóstolos promoviam a fração do pão e da caridade, recordando tudo o que Ele fez e ensinou com pregações destemidas, em torno de sua morte, paixão e ressurreição.
A Ressurreição de Jesus, portanto, é um fato apenas compreensível à luz da fé, pois a nova vida não foi presenciada por ninguém e o que as mulheres viram, segundo os evangelhos sinóticos, foram apenas os “sinais” da ressurreição, ou seja, o túmulo vazio, os panos dobrados e colocados de lado, além de um personagem que dialogava com Maria Madalena, confundido por ela com o jardineiro, o qual anunciou que Jesus não estava mais entre os mortos, porque havia ressuscitado e estava vivo.
Consequentemente, por detrás dessa linguagem de ressurreição na ótica do Pe. José Antonio Pagola, teólogo, existe um impacto incalculável na vida dos seus seguidores sobre o fato de Jesus ter sido “executado”, frente aos esquemas mentais e religiosos vigentes. Prevalece, assim, nas Comunidades Primitivas as fórmulas cristológicas de um Deus que “o exaltou”, “o elevou” a sua glória, “sentou-o” à direita de seu trono e “o constituiu como Senhor”, porque defende a justiça e vida abundantemente. Logo, ressuscitar aqui não é uma volta à vida biológica anterior, mas diz respeito a uma vida totalmente libertada da morte e do mal, onde as situações de medos e trevas não têm nenhum poder sobre a existência humana.
Por fim, ressuscitar já é ser exaltado, ou seja, introduzido na vida plena do próprio Deus. Ser exaltado é também ressuscitar, por ter sido arrancado do poder da morte. Significa, também, para os discípulos um convite à intimidade profunda com esse núcleo vital e fundamental da fé que dá ressignificado a toda existência humana e missão eclesial. Eis nosso maior desafio pascal, que é transformar o mundo, através da libertação dos pobres de suas situações de vulnerabilidades e opressões, atentos a CF/20 para a promoção da vida digna e justa, porque “não existe democracia com fome, não existe desenvolvimento com pobreza e não existe justiça com iniquidade”.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

DIA 27 DE ABRIL, LÁ SE VÃO 18 ANOS!




Nossa unidade vem caminhando, desde 2002, premiada com a presença do Santíssimo Redentor, guiando os passos de cada membro... capacitando-os.
Nem tudo foi fácil, nem tudo saiu como se programou, mas, embora pequeno, o grupo superou alguns obstáculos. Pela frente... projetando e acreditando em tempos melhores.
Que sejamos fiéis ao Carisma Redentorista, cada vez mais, e nossa missão seja abençoada, que agreguemos bons sentimentos á vida missionária uns dos outros, porque Ele estará, com certeza, nos fortalecendo iluminando nossa trajetória e nos protegendo, ternamente, todos os dias.
Que o olhar materno de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro esteja sobre cada um de nós, sempre, dando-nos força, coragem e audácia, bem ao estilo de Santo Afonso.

terça-feira, 21 de abril de 2020

FORMAÇÃO DOS ASPIRANTES EM TEMPO DE DISTANCIAMENTO


OS LEIGOS NÃO  ESTÃO  APENAS NA IGREJA, MAS SÃO IGREJA

Por não sabermos quanto tempo levará o “distanciamento social”, pelo qual estamos passando, Alaíde Cunha, Coordenadora de Formação dos MLR, iniciou o processo formativo on-line, dos novos membros/aspirantes. Fez indicação de um bom material para que busquem, na Internet, documentos fundamentais que contribuirão para o melhor entendimento da presença do leigo na Igreja. Os MLR também poderão rever esses estudos.
Dentro do critério/planejamento de formação, adotado em nossa unidade, iniciou-se os estudos partindo de documentos que tratam da inserção dos leigos na caminhada da Igreja: Capítulo IV do Lumen Gentium, um dos mais importantes textos do Concílio Vaticano II; e artigos do Documento de Aparecida – do 209 ao 214.
Esses breves instrumentos, para estudo, constituem pontos fundamentais para o entendimento de como os leigos – homens e mulheres – compõem a grande parcela da Igreja. Poderão entender que, todos nós, temos a missão de testemunhar e difundir o Evangelho, que temos uma vocação própria: sermos anunciadores do Reino de Deus e que todos nós somos chamados à santidade e ao apostolado.
Enquanto não voltarmos à normalidade (saímos do distanciamento social), faremos dos canais midiáticos espaços para a formação dos futuros MLR; hoje aspirantes, pretendentes a fazerem parte da Família Redentorista.
Lembrando: “os leigos não estão apenas na Igreja, mas são Igreja”, são chamados a serem discípulos missionários, participantes da missão da Igreja de anunciar o Evangelho a todas as nações.
Vale a pena lembrarmos de São Clemente Maria Hofbauer, já que estamos no Ano Clementino: “O Evangelho deve ser pregado de modo sempre novo, em cada época e geração, numa linguagem que o povo simples possa entender.”




segunda-feira, 20 de abril de 2020

MEDITANDO O TERÇO DA MISERICÓRDIA



Uma maneira amorosa de agradar a Deus é orar pelo próximo, 
por aqueles que necessitam de oração. 

Dias anteriores à Solenidade da Divina Misericórdia, o nosso grupo, vivenciando o distanciamento social pela pandemia do novo coronavíus, decidiu rezar o Terço da Misericórdia, após o domingo da solenidade. Segundo nosso padroeiro, Santo Afonso Maria de Ligório, a oração é um meio necessário e seguro para a salvação e todas as graças que para tanto são necessárias.
O Terço da Misericórdia é uma forma de orar, que nos introduz a um ritmo meditativo, favorecendo, particularmente, nossa confiança na Divina Misericórdia. Orar é uma prática missionária.
Ficou decidido, então, que aqueles que possuíssem um canal de vídeos chamadas, o fariam por ele; outros, que quisessem, o rezariam, no mesmo dia e horário, em suas respectivas casas, desde que houvesse uma sintonia entre os dois modos de fazer o terço. Assim o fizemos. Com antecedência, captamos, junto a algumas pastorais, as intenções por intermédio de um e-mail, pelas quais rezaríamos.
Na segunda-feira, dia 20 de abril, três MLR’s, pelo Google Hangouts, se iniciaram a reza.
Ficou acertado que, às segundas-feiras e às quintas-feiras, às 15h, os MLR’s passariam a rezar o Terço da Misericórdia.
Para que o grupo não se dispersar-se, a oração tornou-se um elo de fortalecimento e proximidade dos membros da unidade.










segunda-feira, 13 de abril de 2020

TEMPO PASCAL


A Páscoa nos lembra a passagem da morte para a vida, porque Cristo ressuscitou dos mortos. A pandemia também nos lembra a passagem de morte de um tempo de correria, de injustiças reinantes para um isolamento social e familiar, sob a ameaça constante do coronavírus. Mas a Páscoa é a vitória da vida, por isso acreditamos que acontecerá uma nova passagem com a cura desse vírus. Os cristãos e todos que aceitarem o Cristo não serão mais derrotados pelo desânimo e pelo conformismo. Curados, viverão uma nova época, um novo tempo pascal, como sugere o Papa Francisco: a humanidade precisa de pão e não de guerras e armas.
A Páscoa também nos apresenta vários aspectos para reflexão. Vamos analisar apenas três deles. O primeiro é o Círio Pascal, no sábado de aleluia. Aceso, simboliza o Cristo ressuscitado. Ele é a luz, irradiando seus raios luminosos por todo o universo e nos corações dos que desejarem ser iluminados por Ele. Não podemos manter a porta do coração fechada. Vamos abri-la, para que a luz do Cristo penetre até o mais íntimo de nossos sentimentos e nos traga a paz e a tranquilidade.
O segundo aspecto focaliza as mulheres. Elas foram as primeiras a se dirigirem ao sepulcro, sem medo de represálias. Ainda era de madrugada, estava escuro e Maria Madalena, com outras mulheres, verificam que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Voltam correndo ao encontro de Pedro e de João e avisam que retiraram o Senhor do túmulo. Os discípulos se dirigem ao sepulcro e constatam que as faixas enroladas no corpo de Jesus e também o sudário se encontravam enrolados num lugar à parte. Eles viram e acreditaram na ressurreição do Senhor. Outro detalhe que não está escrito em nenhum livro, mas no nosso coração, foi o encontro do Cristo ressuscitado com sua Mãe, Maria Santíssima. Ela cansada, esgotada, mas sem perder a fé e a esperança, dormia. Jesus, como bom Filho, entra no quarto e pega a mão de Maria e balbucia baixinho: a bênção, mãezinha! Maria acorda e se abraça ao seu Filho, cobrindo-o de beijos.
Durante toda a história da Igreja, sobressai a força das mulheres para mantê-la de pé. Ajudam o clero e incentivam os homens para participarem das pastorais, das associações, dos serviços e dos movimentos paroquiais. Nas inúmeras capelas pelo mundo afora, a presença feminina é marcante, dirigindo a celebração da palavra, recitando o rosário e outras devoções. Zelam pela conservação e manutenção desses pequenos templos. O Papa Francisco constatou que elas exercem o diaconato no trabalho que executam. E levantou a hipótese para estudo do diaconato feminino, similar ao já existente dos homens.
O terceiro aspecto se localiza no próprio tempo pascal. Jesus ressuscitou, venceu a morte de nossos pecados e nos trouxe a vida. Brevemente nos presenteará com a cura do coronavírus, trazendo-nos de volta a alegria de viver. Do fundo do coração não podemos perder a esperança: Jesus ressuscitou e ressuscitará uma nova época para a humanidade. Cada amanhecer será a manhã da Páscoa. Todo dia viveremos a alegria pascal, com a conversão profunda de cada um e de toda a humanidade que clama por dias melhores e sonha por novos horizontes. Será um novo tempo para quem sobreviver. O mais importante é que seja feita a vontade do Pai. 

                                                      José Adriano Gonçalves – MLR / Rio




terça-feira, 7 de abril de 2020

Refletindo sobre a Semana Santa: a semana maior de nossa fé!

A VIRGEM DA PAIXÃO


NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
OU NOSSA SENHORA DA PAIXÃO

O ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é a arte sacra também conhecida como a da Paixão – N. Srª da Paixão, a Virgem da Paixão. Isso se dá porque todos os seus elementos e a sua mensagem demonstram a Paixão de Cristo, nosso Redentor.
Observa-se no ícone os arcanjos com instrumentos da Paixão e da Agonia do Senhor, além da postura defensiva em que se encontra o Menino Jesus e o semblante de dor nos rostos de Maria e de seu Filho.
Nos impressiona a expressão do Menino Jesus ao ver os instrumentos de sua paixão, assustando-se com eles, procurando refúgio nos braços de Maria. O Menino mexe sua perna, deixando uma sandália se soltar de seu pé, ficando presa por um cordão. Maria acolhe o Menino com muita compaixão e ternura, olhando para frente como se tivesse vislumbres dos sofrimentos de Jesus.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO 
A VIRGEM DA PAIXÃO

“Ó Mãe do Perpétuo Socorro, Nossa senhora da Paixão, nós vos suplicamos, com toda a força de nosso coração, amparar a cada um de nós em vosso colo materno, nos momentos de insegurança e sofrimento; que o vosso olhar esteja sempre atento para não nos deixar cair em tentação; que em vosso silêncio aprendamos a aquietar nosso coração e fazer a vontade do Pai. Intercedei junto ao Pai pela paz no mundo e em nossas famílias. Abençoai todos os vossos filhos e filhas enfermos.

Iluminai nossos governantes e representantes, para que sejam sempre servidores do grande povo de Deus. Concedei-nos ainda muitas e santas vocações religiosas, sacerdotais e missionárias para a maior difusão do reino de vosso Filho Jesus Cristo. Enfim, derramei nos corações dos vossos filhos e filhas a Vossa bênção de amor e misericórdia. Sede sempre o nosso Perpétuo Socorro na vida e principalmente na hora da morte.
Amém.”

domingo, 5 de abril de 2020

VIA SACRA MISSIONÁRIA

Em nossa paróquia, nós, MLR da unidade do Rio de Janeiro, somos responsáveis por organizar a Via Sacra com as pastorais, grupos e movimentos..
Em tempos de quarentena, aonde é necessário o distanciamento social, em 2020 não estaremos juntos no Adro da Paróquia.
Convidamos todos amigos/as para, juntos, mediarmos neste tempo, muito propício à oração.
O vídeo é longo, mas com tempo necessário para ler, meditar e orar cada estação.


Postagem de Ariadne Vieites - MLR/Rio

VIA SACRA DE SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO


      
VIA SACRA DE SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO
Em apenas alguns minutos, rezamos a Via Sacra. Não é nada complicado, mas poucas pessoas sabem rezá-la. Através dela, acompanhamos o Senhor Jesus em seus sofrimentos – sua paixão a partir do julgamento no Tribunal de Pilatos até o Monte Calvário, lugar onde Ele foi crucificado.
A meditação da Via Sacra de Santo Afonso Maria de Ligório é uma entre muitas. Muito simples e breve.
Nós, Missionários Leigos Redentoristas, convidamos a todos, para juntos, meditarmos a do nosso padroeiro.

Fonte: https://www.a12.com/redentoristas/via-sacra-de-santo-afonso-de-ligorio
Ilustrações: Shutterstock     


ATO DE CONTRIÇÃO
Meu amorosíssimo Jesus, prostrado humildemente aos vossos pés santíssimos, peço-vos, com todo o coração, perdão dos meus pecados os quais eu choro e detesto, especialmente por serem uma ofensa à vossa infinita bondade. Proponho-me querer antes morrer que vos ofender; ao invés, declaro querer vos amar sobre todas as coisas até a morte. Em compensação por tantos débitos por mim contraídos com a vossa divina justiça, ofereço-vos este breve exercício da Via Crucis em união com aquela viagem dolorosa que Vós fizestes ao Calvário por mim, indigníssimo pecador. Aceitai, ó Senhor, esta pequena oferta e dai-me a graça de ganhar todas as santas indulgências concedidas pelos vossos vigários, os Sumos Pontífices, segundo a intenção dos quais ora pretendo rezar, também para sufragar com elas as pobres almas do purgatório, depois de lhes ter aplicado uma indulgência plenária, aplico-a também por mim.

Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo



         
     I ESTAÇÃO - JESUS É CONDENADO À MORTE
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta primeira Estação a admirável submissão do inocente Jesus no receber do iníquo Pilatos a injusta sentença de morte, para que: os pecadores recebessem a vida, e assim fossem libertos da eterna condenação. Adoro, meu Jesus, aquela divina paciência com a qual do iníquo tribunal de Pilatos recebestes a injustíssima sentença de morte: e pelos méritos de tão bela virtude, peço-vos que apagueis aquela justíssima sentença de eterna morte que tantas vezes me mereceram os meus pecados, e que me chameis no dia final entre os vossos eleitos no céu.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós.


                II ESTAÇÃO - JESUS CARREGA A CRUZ
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta segunda estação a resignação de Jesus Cristo ao soto-pôr os seus ombros à cruz a fim de nos animar a caminhar atrás de Si pela via da mortificação e da penitência. Bendigo, meu Jesus, a imensa caridade com a qual, por amor a mim, recebestes sobre vossos ombros feridos a pesadíssima cruz, e Vos peço dar-me a graça de pacientemente levar pela espinhosa estrada do mundo a cruz das minhas labutas, sem separar-me jamais da vossa santíssima vontade.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós.



                III ESTAÇÃO - JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta terceira estação como o nosso benigníssimo Senhor, oprimido pelo peso da cruz e pelos golpes dos malfeitores, cai por terra, a fim de nos obter a graça de não cairmos jamais em pecado. Beijo, meu Jesus, com todo o afeto aquele terreno que Vós ensopastes do vosso sangue na dolorosa queda que sofrestes sob a cruz. Pelos méritos daquela acerbíssima pena que então sofrestes, peço-Vos que não permitais jamais que eu caia da vossa graça; e no caso de eu me encontrar caído, ressurja logo com uma contrição sincera.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós.


                                        
     IV ESTAÇÃO - JESUS SE ENCONTRA COM A SUA SANTÍSSIMA MÃE
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta quarta estação a inefável dor que experimentaram reciprocamente Jesus Cristo e a sua Santíssima Mãe ao se encontrarem no caminho do Calvário, a fim de obterem para nós a graça de fugirmos com toda a cautela de todos os encontros perigosos. Oh, pudesse também eu, ó meu Jesus, consumir-me em pranto por compaixão diante de vossos tormentos, a fim de levar-Vos com as minhas lágrimas algum conforto! Neste momento, peço-Vos, ó Jesus, pelas agonias de vossa Mãe, e a Vós também, peço, ó Maria, pelas dores do vosso Filho, que me comovais o coração e façais que, chorando até a morte, possa ter eu a bela sorte de encontrar-vos e gozar convosco para sempre na beatitude do paraíso.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós


               
    V ESTAÇÃO - JESUS É AJUDADO PELO CIRENEU
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta quinta estação como Jesus Cristo permite ser ajudado pelo Cireneu a carregar a cruz, a fim de ensinar a nós todos a não nos avergonharmos jamais de levar junto com Ele a cruz misteriosa da pobreza, das doenças, das perseguições e das desgraças. Confundo-me, meu Jesus, ao refletir sobre a repugnância mostrada pelo Cireneu em vos ajudar a levar a cruz, e vos peço humildemente perdão pela pouca resignação com a qual eu mesmo levei até agora a mística cruz dos sofrimentos. Oh, que eu não me abata jamais por qualquer labuta que eu tenha de enfrentar, e que eu reponha sempre minha delícia no viver e morrer crucificado para todos os gostos do mundo.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós.


                                                                   
      VI ESTAÇÃO - JESUS É ENXUGADO PELA VERÔNICA
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta sexta estação como Jesus Cristo deixou impressa a imagem do seu rosto no pano da Verônica que avançou entre a multidão a fim de enxugá-lo, e com isso nos ensina o dever de desprezar todos os respeitos humanos se queremos ter o seu retrato esculpido no nosso coração. Admiro, meu Jesus, a generosa piedade da Verônica, ao avançar sem temor entre a multidão insolente para enxugar-vos a face toda gotejante de suor e de sangue; e pelos méritos desta tão bela coragem, peço-vos que me deis força para vencer todo o respeito humano e para sempre mais avançar no vosso amor.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós.


                                                 
VII ESTAÇÃO - JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta sétima estação como Jesus Cristo cai pela segunda vez sob o peso da sua cruz para nos obter a força de não recairmos nunca em pecado. Oh, não permitais, ó meu Jesus, que com novos pecados eu vos renove as penas atrocíssimas e as horrendas fadigas por vós sofridas na segunda queda! A vossa paixão seja sempre na minha mente e no meu coração a fim de evitá-los com todo o desejo de renovação e de corresponder ao vosso amor com uma fidelidade inalterável no vosso santo serviço.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós



VIII ESTAÇÃO - JESUS FALA ÀS MULHERES PIEDOSAS
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta oitava estação como Jesus Cristo ensinou às mulheres piedosas a chorar por si mesmas em vez de chorar por Ele, a fim de nos ensinar a chorar antes de qualquer coisa os nossos pecados, que foram a causa de todos os Seus sofrimentos. É verdade, ó meu adorável Jesus, que eu tenho mais motivos para chorar os meus pecados que os vossos tormentos, mas se os meus pecados foram a causa de todas as vossas penas, é então meu dever que eu chore por compaixão das vossas dores e por dor dos meus pecados. Concedei-me pois o dom das lágrimas, a fim de que eu chore frutuosamente até a morte, para que eu não tenha de chorar depois inutilmente toda a eternidade no inferno.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós.


 

IX ESTAÇÃO - JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considerasse nesta nona estação como Jesus Cristo, como reflexo da inutilidade da sua paixão a respeito de muitos, sente-se oprimir de modo a cair pela terceira vez sob a cruz, a fim de nos ensinar que o maior desgosto que nós podemos provocar é o de abusar dos seus benefícios e das suas graças. Não permitais, ó Senhor, que eu esteja no número daqueles que, caminhando num caminho contrário aos vossos exemplos, tornam inúteis para si próprios a vossa paixão e a vossa morte. Sustentai-me com a vossa graça, a fim de que, merecendo estar com os eleitos à vossa direita no dia do juízo, seja com eles introduzido por Vós no reino da glória.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós.




      X ESTAÇÃO - JESUS É DESPIDO DE SUAS VESTES
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta décima estação o rubor experimentado por Jesus Cristo ao ser despido diante de todos, a fim de expiar as nossas vaidades e as nossas imodéstias. Depois amargou o fel para descontar os débitos por nós contraídos por tantas gulodices. Oh, por aquele santo rubor que vos subiu, ó meu Jesus, ao ser publicamente despido das vossas vestes, concedei-me a graça de despir-me de todos os hábitos pecaminosos, e de desprezar corajosamente os boatos dos libertinos e todos os preconceitos do mundo.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós.



      XI ESTAÇÃO - JESUS É PREGADO NA CRUZ
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta décima primeira estação a dolorosa carnificina suportada por Jesus Cristo ao ser estendido e pregado sobre a cruz, a fim de descontar a pena dos pecados que nós cometemos com todos os sentimentos do nosso corpo. Fico horrorizado, meu Jesus, ao pensar na bárbara e desumana atrocidade de vos pregar com tão impiedosos golpes sobre a cruz; e pelos méritos daqueles espasmos que provastes em tão horrenda carnificina, peço-vos que me deis o espírito para crucificar com a mortificação os meus sentidos, a fim de que não possam nunca se rebelar contra a vossa santíssima lei.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós.



                XII ESTAÇÃO - JESUS MORRE NA CRUZ
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta décima segunda estação como Jesus Cristo, depois de três horas de penosíssima agonia, morreu em meio a dois ladrões sobre a cruz, a fim de dar a vida a todo o mundo e de tornar doce a nossa morte. Uma vez que, à vossa morte, ó meu Jesus, se conturbaram os céus e a terra, dai-me, peço-vos, uma contrição vivíssima das minhas culpas, para que eu não apareça mais insensível das mesmas coisas insensatas, mas ao invés, com um coração despedaçado pela dor, eu chore continuamente a vossa paixão e morte.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós.


     XIII ESTAÇÃO - JESUS É DESCIDO DA CRUZ
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta décima terceira estação a acerbíssima dor de Maria ao ver, entre seus braços, o ensanguentado cadáver de seu Filho. Oh, salvaguardemo-nos de renovar tão grande tormento à Virgem com os nossos pecados, os quais são uma nova crucifixão de Jesus Cristo. Orai conosco, ó grande Virgem, já que o excesso das minhas falhas deu a morte àquele que era imortal. Eu me doo por isso o quanto posso, e decido sofrer qualquer pena antes que renovar com a minha morte a crucifixão do vosso Filho. Vós, porém, ó Maria, que bem sabeis quanto eu sou frágil e inconstante, obtende-me a força de ser sempre fiel a tão necessário propósito.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós



XIV ESTAÇÃO - JESUS É COLOCADO NO SEPULCRO
Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos
Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta última estação a devoção de João, de José de Arimateia, de Nicodemos e das outras piedosas mulheres ao dar digna sepultura a Jesus Cristo. Oh, Reavivemos a fé e tenhamos com relação a Ele os mesmos sentimentos de tristeza, quando, na Sagrada Comunhão, Ele vier se depositar no nosso pobre coração. Para cavar-me do sepulcro dos meus pecados, Vós quisestes descer à tumba, ó meu Jesus; agradeço-vos o quanto posso por um benefício assim tão nobre, e vos peço de completar a vossa obra ao fazer com que, vivendo continuamente na vossa graça, eu mereça viver convosco eternamente na glória.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória
Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós.



“NA CRUZ ACHA-SE A NOSSA SALVAÇÃO,
A NOSSA FORÇA CONTRA AS TENTAÇÕES,
O DESAPEGO DOS PRAZERES TERRESTRES;
NA CRUZ, EM SUMA, ACHA-SE O VERDADEIRO
AMOR DE DEUS.”
Santo Afonso Maria de Ligório