quarta-feira, 27 de novembro de 2013

VIDA, FÉ E MISSÃO DOS LEIGOS MISSIONÁRIOS



Bonita parceria desta Província Redentorista vem fortalecendo e oferecendo novas possibilidades de comunhão mútua e experiências  no cotidiano da vida, fé e missão  dos leigos.   Parceria esta que encoraja e suscita compromisso e discernimento dos leigos como membros do povo fiel ao Cristo, o Redentor das nossas vidas e histórias. Como missionários, participam com alegria e audácia da missão de Jesus e da Igreja, no espírito do pai espiritual, o fundador  Santo Afonso e seus seguidores.

Organizados em Unidades, verdadeiras comunidades de fé e vida, os leigos reúnem-se periodicamente com a presença amiga e fraterna de um assessor (Redentorista) para formação, orações e partilhas. Compostos de homens e mulheres (casados ou não) e jovens,  respondem com esperança a vocação batismal, em comunhão com o carisma da Congregação Redentorista. Retiros e assembleias anuais, animadas e coordenadas também pelos Redentoristas estimulam e provocam disponibilidade para a missão e a vida apostólica.

Três são os eixos norteadores que alimentam a espiritualidade dos leigos nesta Província do Rio, fazendo florescer a “missão no coração e o coração na missão a serviço da abundante Redenção”: formação, aprofundamento na espiritualidade cristã e Redentorista e  a vivência e o despertar da criatividade missionária.

Sem dúvida, muitos leigos têm descoberto que o carisma e a espiritualidade Redentorista encontram eco na sua vida, fé e missão. Com certeza, essa parceria proporciona nova mentalidade missionária, novo jeito de fazer apostolado e outras tantas maneiras de se tornarem presentes no mundo da família, do trabalho, da sociedade e até mesmo como enfrentar os muitos desafios do seu dia-a-dia.

Sendo os Redentoristas  desafiados a reestruturação da  Congregação, é sim fecundo esse chamado  à comunhão para a missão. Assim, de mão dadas, Redentoristas e   leigos vão proclamando, de modo sempre novo, a Boa nova de Jesus Cristo ao mais abandonados.

Angelo Farias – Missionário Leigo Redentorista – Unidade Dom Muniz – BH/MG

Missa na rua





A Paróquia Santo Afonso promoveu uma missa na Rua Padre Champagnat, na 6ª feira, dia 22/11, às 20h, com a presença de mais de 50 pessoas, entre moradores e alguns membros de pastorais e MLR. As celebrações nessa rua acontecem há vários anos e, ainda, há o projeto – segundo os organizadores - de serem feitas mensalmente.

O povo foi chegando devagarinho. Primeiro, os colaboradores da igreja para montar uma tenda, onde o altar foi montado. Depois, os moradores com bancos e cadeiras foram surgindo, organizando o espaço. O lugar foi se transformando e teve início a missa, ao som da música “Te amarei”, aprofundada na primeira parte da celebração.

Apesar da chuva intermitente, desde a tarde, houve uma trégua durante toda a celebração, que foi presidida pelo nosso pároco, Pe. Luís Carlos de Carvalho, com a participação da Obra do Tabernáculo, Ministério da Música, MLR e Mesc’s.

A iniciativa dessa celebração partiu, em conjunto com os moradores, da coordenadora dos MLR, Cátia Regina, e do conselheiro do CPP de nossa paróquia, Antônio Silva, em continuidade ao projeto Semana Missionária Redentorista, realizado, neste mesmo período, em 2012, no entorno da Santo Afonso.

As missas realizadas, na rua, visam à comunhão das famílias da comunidade com a igreja local, o fortalecimento de suas caminhadas - comunidade e igreja - e levar, além da Eucaristia, o Evangelho para mais perto dos fiéis e de suas casas.

Brevemente, teremos outras celebrações na rua e em condomínios.

Venha participar desse movimento missionário de nossa paróquia! É enriquecedor e gratificante!

sábado, 16 de novembro de 2013

Uma possível leitura do quadro dos Mártires Espanhóis





O quadro, lindamente pintado por Belén del Pino, nos apresenta a vocação missionária redentorista vivida em Cuenca (apresentada como cenário) e que é vivida de forma martirial. A ponte de San Pablo se apresenta ao lado, como um espaço de saída para a missão de anunciar o Evangelho e para o martírio que se abre à vocação dos seis redentoristas, a identificarem-se plenamente com o Redentor. A ponte identifica a missão e o martírio. Toda vocação missionária está chamada a ser vivida em dimensão martirial.

O grupo dos seis mártires estão se movendo, em itinerância; caminham como comunidade de missionários que saem em missão. Uma vez mais nos fala da dimensão profética da comunidade apostólica redentorista, chamada a unir-se a Cristo Redentor e assinar com sua vida aquilo que anuncia em sua mensagem.

Cada um dos missionários-mártires leva  nas mãos um elemento com os quais identificam a vocação missionária: o Ir. Victoriano leva em suas mãos a Palavra de Deus; o Pe. Pozo, a cruz missionária; o Pe. Goñi, o ícone do Perpétuo Socorro; e o Pe. Ciriaco Olarte o rosário. Quatro  elementos que identificam a vocação missionária. O Pe. Pedro Romero tem as mãos em atitude de recolhimento e oração, que recorda a necesidade da oração para se viver como missionários. Por último, o grupo é precedido pelo Pe. José Javier Gorosterratzu, que leva a palma do martirio. O horizonte martirial é o horizonte própio do missionário, que anuncia o Evangelho de Cristo em meio a qualquer circunstância.

Finalmente, cada um dos mártires leva o elemento que sintetiza algo importante de sua vida. O Pe. Gorosterratzu leva a palma por ser o chefe do grupo; o Ir. Victoriano leva o livro por ser um missionário que pregou pela escrita, traduzindo a Palavra de Deus para os escritos  espirituais que compôs para a senhora que dirigía; o Pe. Julián Pozo leva a cruz, pois a sua vida foi um configurar-se com Cristo na cruz da enfermidade.

O Pe. Miguel Goñi leva o ícone do Perpétuo Socorro, que procura salvar como a melhor jóia da comunidade, por sua devoção mariana; o Pe. Ciriaco Olarte está passando as contas do rosário, recordando-nos que, quando foram detidos, acabavam de celebrar eucaristia e rezavam o santo rosário. Finalmente, o Pe. Pedro Romero está em atitude de silêncio, oração e recolhimento, atitude na qual viveu os últimos anos de sua vida, enquanto seus olhos contemplam a seus companheiros, pois ele viveu mais dois anos que eles, e coube a ele dar sentido à sua vida após o acontecido a seus irmãos de comunidade.

A atitude dos seis é seguir caminhando; há muito por fazer. A Congregação do Santíssimo Redentor tem de continuar anunciando a Cristo, por palavras e obras, en meio a todas as circunstâncias. Estes seis redentoristas convidam você a juntar- se a nós, consagrando-se na Congregação como religioso, ou incorporando-se à obra redentorista como leigo a compartilhar nossa espiritualidade e missão.


P. Antonio Quesada, CSsR
Madri/Espanha



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Prece pela tolerância


Não é mais aos homens que me dirijo. É a Ti, Deus de todos os seres, de todos os mundos e de todos os tempos.
Que os erros agarrados à nossa natureza não sejam motivo das nossas calamidades.
Tu não nos deste coração para nos odiarmos nem mãos para nos enforcarmos.
Faz com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e passageira.
Que as pequenas diferenças entre as vestimentas que cobrem os nossos corpos, entre os nossos costumes ridículos, entre as nossas leis imperfeitas e as nossas opiniões insensatas não sejam sinais de ódio e de perseguição.
Que aqueles que acendem velas em pleno dia para Te celebrar, suportem os que se contentam com a luz do sol.
Que os que cobrem as suas roupas com um manto branco para dizer que é preciso amar-Te não detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto negro.
Que aqueles que dominam uma pequena parte deste mundo e que possuem algum dinheiro, desfrutem sem orgulho do que chamam poder e riqueza; e que os outros não os vejam com inveja, mesmo porque Tu sabes que não há nessas vaidades nem o que invejar nem do que se orgulhar.
Que eles tenham horror à tirania exercida sobre as almas, como também execrem os que exploram a força do trabalho. Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos violentemos em nome da paz.
Que todos os homens possam lembrar-se que são irmãos!
(Voltaire)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Ano vocacional - tema de retiro dos MLR da Província do Rio



O retiro dos MLR da Província do Rio, ocorrido de 8 a 10/1, na Casa de Retiros São José, teve como tema central o Ano Vocacional Redentorista. Com a participação de mais de 50 missionários, o retiro foi coordenado pelo Fráter Marcos Silva, C.Ss.R. e por Jovanir Poleze, colaborador do Centro Nova Geração, Obra Social Redentorista em Cariacica (ES). Outros temas foram trabalhados como encarnação, paixão e eucaristia - pilares da nossa congregação.

Dias claros de comunhão fraterna com muita meditação, partilha e celebrações.

Encerrando o retiro, após uma análise do caminho percorrido ao longo desses três dias, o Provincial, Pe. Vicente Ferreira, C.Ss.R., presidiu a celebração eucarística e, após, ofertou exemplares do "Akikolá" de novembro, da 2ª edição do periódico "Um só corpo" (Espiritualidade Redentorista), da revista "Atitude Vocacional" (URB) e a 1ª edição revista “Nossa Missão”, mais nova publicação anual da Província do Rio, a cada MLR.


O Redentor te chama pelo nome. Sê forte na fé e alegre na esperança.
Ano Vocacional Redentorista - 01 de agosto de 2013 a 09 de novembro de 2014








quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Parabéns, Redentoristas!



Nossa Igreja é plural. Os relatos no Novo Testamento já apontam para a diversidade de formas de seguir Jesus nas primeiras comunidades.  Seguir os passos do Redentor é o elo que torna a Igreja UNA.

Dentro dessa pluralidade, Santo Afonso buscou um jeito próprio de seguir O Redentor, sendo fiel aos Seus ensinamentos, divulgando Sua mensagem e amando, especialmente os pobres. Santo Afonso foi tão ardoroso em sua iniciativa que ela perpassa os tempos e mantém a vitalidade até os dias de hoje.

Há 281 anos, Santo Afonso Maria de Ligório funda, em Scala, no sul da Itália, a Congregação do Santíssimo Redentor. A partir do dia 9 de Novembro de 1732, essa instituição, de vida apostólica e missionária, torna-se um referencial de missão e serviço contínuo aos pobres e excluídos.  Conhecida como Congregação Redentorista, foi criada atendendo aos anseios do fundador, voltada para as necessidades dos abandonados, que viviam no entorno cidade de Nápoles, nas montanhas, zona rural napolitana.

Por quase três séculos, os missionários redentoristas vêm dando continuidade ao carisma afonsiano, com dedicação focada nas missões populares e no atendimento espiritual aos desfavorecidos. Esses ardorosos padres, irmãos, e seminaristas, que vivem em comunidades, dedicam suas vidas totalmente à obra missionária, juntos, tornando viva a obra redentora de Jesus, pela Palavra e pela ação, de forma atualizada, atentos às mudanças do tempo e com respeito às culturas locais.

Presente em 77 países, nos cinco continentes, a Congregação Redentorista tem em torno de 5.500 sacerdotes, irmãos e seminaristas que professaram os votos de pobreza, castidade e obediência. Esse número a coloca entre as dez congregações mais numerosas no mundo católico.

A Congregação Redentorista está entre nós - fluminenses, mineiros e capixabas -, desde 1893, em paróquias e santuários, oferecendo atendimento pastoral e espiritual, pregações em missões, aconselhamentos, celebrações, visitas aos doentes e assistência social, zelosos no seguimento dos passos do Redentor.

Parabéns, Redentoristas pelos frutuosos 281 anos.

Alaíde Cunha – MLR/Rio



Redentoristas: fortes na fé e alegres na esperança



Quando os missionários redentoristas iniciaram a missão na Tijuca tinham como convicção anunciar o Cristo. Todos, padres e irmãos, trabalharam na paróquia para a santificação do povo de Deus. É um orgulho contemplar pessoas de todas as idades que se fortaleceram na fé graças ao testemunho alegre dos filhos de Santo Afonso.
A Congregação Redentorista foi fundada em 9 de novembro de 1732 por Santo Afonso, com o intuito de evangelizar os pobres e abandonados. Aqui, no Rio de Janeiro, a igreja de Santo Afonso se encontra no coração da Tijuca, um bairro bem desenvolvido, agradável e de gente amorosa. No início não era assim, e por décadas os Redentoristas trabalharam para que os pobres e abandonados da região conseguissem prosperar e atingir um nível de vida digno de filhos e filhas de Deus.
Prova de que a obra de Santo Afonso nunca está pronta é que, hoje, com todo o progresso que nos alcança, ainda encontramos muita gente pobre (espiritualmente e também de bem materiais), pessoas abandonadas por seus familiares e pelos órgãos governamentais. Nesse sentido, a missão dos Redentoristas nunca termina e não pode parar. Atualmente, a Congregação cresceu e, além dos padres e irmãos, podemos contar com o auxílio de muitos leigos que abraçam o carisma de nosso padroeiro e trabalham junto conosco no resgate dos abandonados deste tempo.
Ao celebrarmos o dia de Todos os Santos, tomamos consciência de que, na convivência paroquial, vamos nos santificando, através da correção fraterna, do perdão e do diálogo constante. Daí a importância de vermos o nosso espaço paroquial como uma escola de misericórdia e respeito, pois somos todos discípulos e missionários do Cristo. De tal forma que o que aprendemos de bom precisamos compartilhar, principalmente com quem está mais perto de nós.
Ter consciência de nossa missão é fundamental, e colocá-la em prática é um dom precioso. Isso porque nos santificamos dia a dia para recebermos a coroa da vitória que nos será entregue quando nos for aberta a porta para o Paraíso.
Celebrar Finados nos faz lembrar aqueles que já estão na glória de Deus, que cumpriram sua missão na Terra e agora intercedem por nós de junto de Deus. Um dia, todos nós partiremos. Que esse dia, quando chegar, seja uma surpresa alegre e contagiante, pela fé que temos no Deus que nos ressuscita - e faz, assim, justiça a todos os que praticaram o bem e viveram a caridade, tratando todo ser humano de forma igualitária e dócil.
Unidos, como missionários e continuadores da obra de Santo Afonso, somos fortes na fé e na esperança.
Pe. Luis Carlos de Carvalho Silva, CSsR

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Estações existenciais

 
A experiência do tempo define, em muito, as pelejas do caminho. Marcar os dias somente com as horas que passam, não alimenta o coração com esperança. Fardo pesado, assim sendo. Vida humana sobrevive é da graça. Daquele tempo sem registro definido, incalculável. Coisa parecida com eternidade, com o que não morre no fundo da gente. Como sacrário, em penumbras profundas, a alma inspira. Ora sossegada, agradece; ora, aflita, entristece. De alegrias e dores, cresce em raízes de memória sempre vivaz. Lago, de águas mansas e agitadas, a vida é cíclica, companheiro; diversa mesmo! Seu grande segredo? Movimento. Então, sem essa de querer tudo num passo de mágica. É preciso andar e, no caminho, dar tempo ao tempo, em estações diversas.

Cuidado, de verdade! Armadilhas não faltam. Em dias atuais, elas habitam tantos excessos. Que volúpia em possuir tudo em instantes pequenos, ou em protelar as coisas sem responsabilidade. Sem ritmos e ritos, o caminho fica curto. Seria inconveniente manter, no imaginário, ilusões de plenitude, de um tempo sempre cheio. Quantas promessas de heroísmos, de ganhadores de uma vez só! Gente nasceu para buscar, sonhar, projetar, aceitar demoras e, humildemente, esvaziar-se. Caso não se cuide, a raça humana se transformará em objeto de mercado. Vendendo e comprando desejos. E aí, você sabe, muitos ganharão com fonte tão preciosa. Outros andarão por trilhas amargas. Há que se ter coragem nessas travessias e, nas perdas e ganhos, mergulhar a existência em sentidos mais profundas. Sem ânsias de chegada rápida, afinal, hoje é graça com saudades de ontem e vontade de amanhã.

Lembre-se, constantemente, que homem não é máquina. Doloroso seria tentar manipular, depois do corpo, o espírito. Nas lucrativas tentativas de mapear dores e alegrias, há quem ganhe, vendendo promessas fáceis de felicidade. Ah! O grão de trigo, mencionado por Jesus, exige metamorfose. Caso não aceite a transformação lenta, não ressurgirá em broto. Ponha, então, um pouco de sabedoria em seu viver. Para ser sábio, é preciso ser amigo do céu, irmão dos irmãos, sem olhar o mundo com olhos vorazes. Como diz Guimarães Rosa: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.

Pe. Vicente Ferreira, C.Ss.R.
Superior Provincial

sábado, 2 de novembro de 2013

MÁRTIRES ESPANHÓIS

 
SCALA - C.Ss.R.
11/02/13 11:46:49


Caros Confrades, Irmãs, missionários leigos , associados e amigos,
Minhas saudações da Tailândia e da Reunião do Sub-Conferência do Sudeste Asiático!

No dia 6 de novembro, vamos celebrar, pela primeira vez, a memória litúrgica dos mártires espanhóis do século 20. Entre estes mártires estão seis Missionários Redentoristas: os padres José Javier Gorosterratzu, Ciriaco Olarte, Miguel Goñi, Julián Pozo, Pedro Romero e o irmão Victoriano Calvo. A lembrança o testemunho de suas vidas e de suas mortes é uma ocasião especial para toda a Congregação.

Nós ainda não temos os textos litúrgicos próprios aprovados para este memorial. Por esta razão, convido cada comunidade para utilizar os textos comum dos Mártires, inserindo os nomes de nossos confrades: José Javier, Ciriaco, Miguel, Julián, Victoriano e Pedro.

Como nos lembramos dessas testemunhas e missionários da Redenção durante este Ano de Promoção da Vocação Missionário Redentorista, que Deus nos renove em nosso compromisso com a vida apostólica e chame muitos outros irmãos para compartilharem conosco esta vocação para pregar o Evangelho de modo sempre novo!

Desejo-lhe toda a graça e bênção neste Memorial dos Mártires. Que a nossa Mãe do Perpétuo Socorro, Santo Afonso, todos os nossos santos e beatos, e especialmente os Mártires nos acompanhe hoje e sempre.

Seu irmão, no Redentor,

Michael Brehl , C.Ss.R.

INTEGRAÇÃO/SANTO AFONSO
PasCom

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A ESPERA NO REDENTOR



Celebrar finados não é chorar a perda daqueles que partiram deixando saudades, muito menos vazia lembrança de pessoas que tiveram entre nós. Finados: celebração da esperança, oração por aqueles que estão redimidos, força para o nosso desejo de encontro com o Redentor de toda a história.

Finados deve ser o dia do encontro. Primeiramente, encontrar com os que aqui estão: nossa família, amigos, companheiros de trabalho e saber que caminhamos juntos. Os que ainda lutam neste mundo precisam unir suas mãos. Em segundo lugar, o encontro deve ser consigo mesmo; deparar-se com o medo real da morte e também com a fé na ressurreição, sabendo que nossa vida não é apenas temporal, mas alcança a plenitude dos tempos. E, em terceiro lugar, de forma alguma menos importante, o encontro deve ser com o Cristo, Redentor de nossa vida. Perceber Nele a razão da existência e sentir que Nele estão as respostas de tantas perguntas construídas ao longo de nossos anos.

Todos os ritos que vivemos no dia de Finados e nos momentos da perda de alguém querido devem nos conduzir à esperança. Vazia seria nossa fé se não acreditássemos na Vida Sem Fim. Nosso difícil recordar, nosso choro, as flores, os cantos, as velas, as orações... tudo deve ser testemunho de um amor eterno. Assim, não há limites para o amor, não há reservas em amar alguém, não há barreiras para perdoar o outro, nem há razão para desistir da felicidade: as sementes que lançamos aqui, desde pequenos a grandes gestos, alcançam muito além dos nossos dias terrenos. Precisamos entender a vida assim: semente lançada almejando frutos eternos. O tempo marcado pelo relógio sempre passará, o tempo de Deus, além de nós mesmos e dos limites do mundo, não ficará no passado, sempre estará no futuro.

Termino minhas palavras em prece por aqueles que já repousam seu coração no Eterno Amor e peço que nós, na luta deste mundo, sejamos doadores de vida e testemunhas vivas da espera no Redentor.

Ederson Rodrigo de Andrade
Noviço da Província do RJ – MG - ES