sábado, 16 de novembro de 2013

Uma possível leitura do quadro dos Mártires Espanhóis





O quadro, lindamente pintado por Belén del Pino, nos apresenta a vocação missionária redentorista vivida em Cuenca (apresentada como cenário) e que é vivida de forma martirial. A ponte de San Pablo se apresenta ao lado, como um espaço de saída para a missão de anunciar o Evangelho e para o martírio que se abre à vocação dos seis redentoristas, a identificarem-se plenamente com o Redentor. A ponte identifica a missão e o martírio. Toda vocação missionária está chamada a ser vivida em dimensão martirial.

O grupo dos seis mártires estão se movendo, em itinerância; caminham como comunidade de missionários que saem em missão. Uma vez mais nos fala da dimensão profética da comunidade apostólica redentorista, chamada a unir-se a Cristo Redentor e assinar com sua vida aquilo que anuncia em sua mensagem.

Cada um dos missionários-mártires leva  nas mãos um elemento com os quais identificam a vocação missionária: o Ir. Victoriano leva em suas mãos a Palavra de Deus; o Pe. Pozo, a cruz missionária; o Pe. Goñi, o ícone do Perpétuo Socorro; e o Pe. Ciriaco Olarte o rosário. Quatro  elementos que identificam a vocação missionária. O Pe. Pedro Romero tem as mãos em atitude de recolhimento e oração, que recorda a necesidade da oração para se viver como missionários. Por último, o grupo é precedido pelo Pe. José Javier Gorosterratzu, que leva a palma do martirio. O horizonte martirial é o horizonte própio do missionário, que anuncia o Evangelho de Cristo em meio a qualquer circunstância.

Finalmente, cada um dos mártires leva o elemento que sintetiza algo importante de sua vida. O Pe. Gorosterratzu leva a palma por ser o chefe do grupo; o Ir. Victoriano leva o livro por ser um missionário que pregou pela escrita, traduzindo a Palavra de Deus para os escritos  espirituais que compôs para a senhora que dirigía; o Pe. Julián Pozo leva a cruz, pois a sua vida foi um configurar-se com Cristo na cruz da enfermidade.

O Pe. Miguel Goñi leva o ícone do Perpétuo Socorro, que procura salvar como a melhor jóia da comunidade, por sua devoção mariana; o Pe. Ciriaco Olarte está passando as contas do rosário, recordando-nos que, quando foram detidos, acabavam de celebrar eucaristia e rezavam o santo rosário. Finalmente, o Pe. Pedro Romero está em atitude de silêncio, oração e recolhimento, atitude na qual viveu os últimos anos de sua vida, enquanto seus olhos contemplam a seus companheiros, pois ele viveu mais dois anos que eles, e coube a ele dar sentido à sua vida após o acontecido a seus irmãos de comunidade.

A atitude dos seis é seguir caminhando; há muito por fazer. A Congregação do Santíssimo Redentor tem de continuar anunciando a Cristo, por palavras e obras, en meio a todas as circunstâncias. Estes seis redentoristas convidam você a juntar- se a nós, consagrando-se na Congregação como religioso, ou incorporando-se à obra redentorista como leigo a compartilhar nossa espiritualidade e missão.


P. Antonio Quesada, CSsR
Madri/Espanha



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