sábado, 12 de outubro de 2013

São Geraldo Majela - Seu amor pelo Redentor e por Maria



Esse foi um missionário redentorista incomum! Dono de enorme fé e santidade, foi fiel servo de Deus, sofreu na carne e no espírito suas dores, aceitando-as como vontade do Pai e caminho para o céu. Seu amor a Jesus Crucificado – o Redentor - começou ainda pequeno. Certa vez, junto aos amigos, organizou uma procissão, todos com velas nas mãos e ele próprio carregando uma cruz pelo jardim da casa de sua família. Ao fim do trajeto, prendeu a cruz no tronco de um carvalho e então, disse ao seu grupo de amigos “De joelhos, adoremos a Cruz de Cristo”.

Assim, como uma brincadeira levada a sério, as luzes das velas conduzidas pela garotada iluminaram a vida inteira de São Geraldo, que ingressou na Congregação fundada por Santo Afonso, se tornou irmão redentorista e sobressaiu por sua simplicidade, espírito de oração e amor aos pobres.

Não era a cruz, entretanto, o que ele buscava, e sim “Aquele” que deu a maior prova de amor, morrendo por toda a humanidade numa Cruz. Por isso, desde quando fez sua Primeira Comunhão, as penitências e os flagelos a que se impunha eram uma tentativa de se purificar e demonstrar amor Àquele que o amou até à morte na Cruz.

Muito cedo, aconteceram, na vida São Geraldo, sinais que indicavam que aquele frágil garoto de Muro recebia do céu agrados divinos. Nas proximidades de onde moravam havia uma pequena igreja em cujo altar ficava uma imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus no colo. Um dia, ainda criança, São Geraldo foi sozinho até lá para rezar diante da Mãe de Deus e de seu Filho. Tão logo se aprofundou na oração, algo inusitado aconteceu. A mulher e o menino no altar lhe pareceram ganhar vida e, num instante, como num sonho, o Menino Jesus desceu dos braços de Maria e veio brincar com ele.

Ainda bem pequenino, sua mãe, Dona Benedita, o despertou para o amor infinito de Deus e a convivência com Jesus e a Virgem Maria. Um dia, então, ele estava rezando à Virgem fervorosamente. Seu rosto, normalmente pálido, ardia como uma vela acesa. De repente ergueu-se e, apaixonado, retirou o anel que usava em seu dedo, aproximou-se da imagem e o colocou no dedo da Virgem Santíssima. “Hoje, fiquei noivo della Madonnina”, disse, triunfante.

É verdade que todos os santos tiveram grande amor a Nossa Senhora, mas não nos consta que tenha havido semelhante “noivado” na história da Igreja.

Os três amores de São Geraldo – Jesus na Santa Eucaristia, a Virgem Maria e os pobres – constituem, a nosso ver, o tecido da vida espiritual do santo irmão redentorista e nos deixam entrever de que se ocupava seu espírito.

São Geraldo, rogai a Deus por nós.

José Gurgel – MLR/Rio

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