Todos os anos, em 17 de outubro, a comunidade internacional
se dedica à reflexão sobre o combate à pobreza. Preocupação maior da Igreja Católica,
a partir do Evangelho de Jesus, tem sido reafirmada com veemência pelo Papa
Francisco, que diz: “Quero uma Igreja pobre e para os pobres”.
Seu antecessor, Bento XVI, hoje Papa Emérito, na Encíclica “Caritas in Veritate”, afirma que “sem verdade, a caridade cai no sentimentalismo”. E explica ainda: “um cristianismo de caridade sem verdade pode ser confundido com uma reserva de bons sentimentos, úteis para a convivência social, mas marginais”, pois “a caridade exige justiça, o reconhecimento e o respeito dos legítimos direitos dos indivíduos e dos povos”. Portanto, não há outro caminho para a libertação, que não seja uma prática política cidadã, que garanta a todos uma educação de qualidade, desenvolvendo conteúdos críticos.
Educar é formar sujeitos capazes de: transformar a informação,
que hoje é abundante e acessível, em um conhecimento que os faça capazes de
trabalhar, produzir, de gerir a si próprios e à sociedade, de usufruir e de
compartilhar.
A Paróquia Santo Afonso, mesmo não tendo em sua área
comunidades pobres, está empenhada em promover ações de combate à pobreza.
Tanto na Obra Social Santo Afonso e São Geraldo, como na própria paróquia estão
sendo articulados projetos de promoção humana, em parceria com a Secretaria
Municipal do Trabalho e com o SENAC, para oferecer aos cidadãos da Grande
Tijuca.
Dom Helder Câmara dizia que as pessoas são pesadas demais
para carregarmos nas costas, o importante é trazê-las no coração. Trazer uma
pessoa no coração é reconhecê-la capaz de se tornar sujeito de sua vida e
contribuir para isso. Só se combate a pobreza com educação crítica e participação
política.
Ana Maria Galheigo
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