“Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor, só nos resta aprender..."
Beto
Guedes e Ronaldo Bastos
Eis
que o ano vai se encaminhando, a passos largos, rumo a seu término. Já estamos
no décimo mês de um ano marcado por tantos belos acontecimentos. Agora, dando
mais um passo signifcativo, inauguramos o mês missionário, o outubro das
crianças e jovens, dos educadores, da padroeira do Brasil, do jovem São Geraldo,
modelo de perseverança. E como é bom celebrar este tempo ainda sob os reflexos
da JMJ, que tanto alegrou nossa cidade e nosso povo, ao espalhar uma esperança
alicerçada no desejo de seguir os passos de Cristo.
Outubro
é tempo de celebrar e refletir sobre a nossa missão cristã.
Pelo
batismo, todos somos também missionários, chamados a semear a esperança de
Cristo por novos tempos – um tempo em que a fraternidade possa dar o tom de
nossa convivência humana, e o amor fazer-se tão vivo e forte como as cores
primaveris a despontar nos canteiros da vida. É tempo de cantar a força da
renovação, na busca de novo impulso para nossa caminhada, sempre um novo
começar.
É
tempo de refletir sobre a força de vida que nos move a enfrentar os desafios que
o mundo nos impõe, sem medo de assumir os erros, e de refazer os passos.
Celebramos, nas festas de nossa padroeira, a Senhora Aparecida, São Geraldo e
Santa Teresinha (patrona das missões), o desejo de que o projeto revolucionário
de Deus, cantado no Magnificat, ganhe espaço entre nós, e de que juntos,
possamos dar testemunho aos mais novos de que o futuro começa agora, com
educação, cuidado e corresponsabilidade.
Finalmente,
é tempo propício para lançar as bases de um plano evangelizador mais audacioso,
que comece pela conversão interna; e se irradie no assumir, com coragem, a
provocação que fez o Santo Padre, ao nos exortar que é urgente levar a Igreja
para fora de seus muros. Especialmente para a juventude cristã, que celebra seu
Dia Nacional (DNJ), este é o momento de não deixar passar a graça vivida, dias
atrás, e de se lançar ao largo, na certeza de que não estamos sozinhos.
Planejando, arriscando e sonhando juntos, é hora de desafiar o futuro, convictos
de que não se pode deixar esfriar a chama acesa pelo convite de uma Igreja que
não pode mais esperar.
O
tempo é agora. Os jardins estão prontos para receber as novas sementes que
germinarão e farão crescer a vida, revigorada pelo ardor dos que assumem,
determinados a sua identidade cristã. A missão é de todos, é para todos. Não
podemos deixar que o tempo apague em nós o desejo pelo novo, pelo desafio e pela
alegria da realização.
Mesmo
que a sensação do tempo passando rápido nos incomode, é hora de nos adiantarmos
ao relógio, não deixarmos que ele nos devore. É hora de partilhar sonhos e metas
para que nossa missão seja frutuosa no futuro e o trabalho de nossas mãos,
depositados no altar do Senhor, acolhido como ação de graças de quem “retribui
ao Senhor, todo o bem que ele nos fez”(Sl 116,12).
Pe.
Ricardo Alexandre Ferreira, C.Ss.R.
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