Dia 20 de dezembro de 2012, o Papa
Bento XVI aprovou a promulgação do Decreto sobre o Martírio dos Servos de Deus
José Javier Gorosterratzu e Cinco companheiros, mártires. Este decreto abriu, o
caminho para a beatificação, que será celebrada em Tarragona, Espanha, em 13 de
outubro de 2013.
Nossos novos Beatos, todos membros da Comunidade de São
Felipe, em Cuenca, foram martirizados durante a Guerra Civil Espanhola, travada
ente julho de 1936 e abril de 1939. São estes os seis Missionários
Redentoristas.
Breves
Biografias:
Pe JOSÉ JAVIER GOROSTERRATZU
JAUNARENA, C.SS.R
Nasceu em Urroz (Navarra), em 07
de agosto de 1877. Aos 14 anos, contra a vontade de seu pai, entrou para o
Colégio dos Capuchinhos, em Lecároz. Aos 16 anos, entrou para os Redentoristas;
fez sua profissão em 08 de setembro de 1896 e foi ordenado padre em 25 de
dezembro de 1903.
Após alguns anos ensinando em El
Espino (Burgos) e Astorga (León), viveu nas Comunidades de Pamplona (Navarra),
Madrid e Cuenca. Ele era um homem de considerável cultura, bem como um
missionário popular, um confessor e diretor espiritual experimentado e
procurado. Publicou duas obras históricas e escreveu um manual de
filosofia.
Em 10 de agosto de 1936, foi preso
pela Milícia da Frente Popular, que o levou para o cemitério de Cuenca e o
assassinou. Ele perdoou seus executores enquanto
balearam.
Pe. CIRIACO OLARTE PEREZ,
C.Ss.R.
Nasceu em Gomecha (Álava), em 08
de fevereiro de 1893, em uma família muito religiosa. Incentivado desde a
infância para a vocação sacerdotal, entrou para a Formação Redentorista em 21 de
setembro de 1904, em El Espino (Burgos) e professou seus votos religiosos em 08
de setembro de 1911.
Após ser ordenado padre, em 29 de julho de 1917, foi
para o México como missionário, de 1920
a 1926. Retornou à Espanha devido ao espírito anti-clerical,
crescente no México naquela época. De 1926 a 1935,
exerceu seu ministério apostólico em Madrid, na Comunidade do Perpétuo Socorro.
Em maio de 1935, estabeleceu-se em Cuenca. Na noite do dia 31 de julho de 1936,
foi preso e levado para o local chamado “Las Angustias" onde, gravemente ferido,
foi deixado para morrer após longas horas de agonia.
Pe. MIGUEL GOÑI ARIZ,
C.SS.R,
Nasceu em Imarcoain (Navarra), em
27 de abril de 1902. Manifestando o desejo de tornar-se padre, ainda quando era
uma criança, entraria para os Redentoristas em 08 de setembro de 1918 e
professou seus votos em 26 de agosto de 1920.
Apesar da saúde débil e uma
natureza tímida, foi ordenado padre em 27 de setembro de 1925, e provou ser um
pregador vigoroso e incansável de Missões Populares.
Após Trabalhar nas
Comunidades de Nava del Rey (Valladolid), Granada, Santander e Vigo, foi
transferido, em 1932, para Cuenca, onde trabalhou especialmente na Igreja
Redentorista de São Felipe Neri. Em 31 de agosto de 1936 foi preso pela Milícia,
baleado e deixado sangrar até a morte.
Pe. JULIÁN POZO Y RUIZ DE
SAMANIEGO,
C.SS,R.
Nasceu em Payueta (Álava), em 07
de janeiro de 1903. Entrou para o Seminário Redentorista, em El Espino, em 1913,
onde foi muito apreciado por sua seriedade em sua vida espiritual. Professou
seus votos em 1920 e foi ordenado padre em 27 de setembro de
1925.
Sofrendo de tuberculose desde
1921, foi capaz de aceitar a doença com resignação, dedicando-se à oração,
ouvindo confissões e cuidando dos doentes. De um temperamento sereno, foi muito
procurado por seus dons como confessor e diretor espiritual.
Em 1928 foi transferido para a
comunidade apostólica de Cuenca. Muda-se, então, para o seminário por causa da
deflagração da perseguição. Ali, em 09 de agosto de 1936, foi preso enquanto
rezava o rosário, foi morto ao longo da estrada que leva de Cuenca a
Tragacete.
Pe. PEDRO ROMERO ESPEJO,
C.SS.R.,
Nasceu em Pancorbo (Burgos), em 28
de abril de 1871. Entrou para a Escola Redentorista em El Espino e professou,
finalmente, em 24 de setembro de 1889.
Foi ordenado em 29 de fevereiro de
1896. Era uma pessoa extremamente tímida e não dada à atividade missionária
expansiva. Assim, dedicou sua vida ao ministério da reconciliação e à vida
religiosa de contemplação, oração e mortificação, testemunhando, para os outros,
um grande espírito de pobreza.
Após estar nas comunidades de
Astorga (León) e Madrid, foi transferido para Cuenca. Com a eclosão da Guerra
civil, foi forçado a deixar a comunidade e viver, como foi o caso de outros
colegas, com uma família local, em sua casa particular. Para escapar da atenção
dos perseguidores e continuar a exercer o apostolado, escolheu mendigar nas ruas
da cidade. Detido várias vezes pela Milícia, enfim em maio de 1938 foi capturado
e levado à prisão onde, atendido fisicamente e espiritualmente por outros padres
prisioneiros, morreu de disenteria, em 29 de maio.
Irmão VÍCTOR (VICTORIANO) CALVO
LOZANO, C.SS.R.
Nasceu em Horche (Guadalajara), em
23 de dezembro de 1896. Nitidamente inclinado à vida espiritual, queria ser
padre. Infelizmente, os tempos, a relutância de sua família em dar-lhe permissão
e a restrição financeira, atrasaram o início de seus estudos. Em 31 de março de
1919, em uma carta que deixou com sua família explicando suas razões, ele os
deixou para tornar-se Redentorista.
Em 13 de novembro de 1920 fez sua
profissão religiosa, tomando o nome de Victoriano. Em 1921, foi designado para a
Comunidade Redentorista em Cuenca, onde trabalhou como sacristão e porteiro.
Embora ele não tenha frequentado o Seminário, tinha um senso inato de cultura,
destacando, particularmente, um profundo conhecimento do asceticismo. Seus
superiores permitiram-lhe ser um diretor espiritual para as jovens, para quem
escreveu uma série de retiros e outras obras.
Em 10 de agosto de 1936, foi preso pela
Milícia, levado ao cemitério de Cuenca, e brutalmente
assassinado.