No tempo da Quaresma três ações são
recomendáveis para nossa conversão: a esmola que nos relaciona com o outro; a
oração que estabelece o nosso relacionamento com Deus; o jejum que nos
confronta com nós mesmos.
A Quaresma é um tempo propício para a
pessoa entrar em si mesma e diante de Deus avaliar a sua caminhada de vida.
Também é a oportunidade, iluminado pelas luzes do Espírito Santo, a revisar as
metas, os valores e as motivações. É tempo de mudar, de conversão. Em
consequência, estaremos preparados para a saída em missão e ir ao encontro do
outro, colocando-se a seu serviço. A esmola e a doação marcam esta disposição
para sair de si e ir ao encontro dos mais empobrecidos e necessitados. Deus age
por meio de pessoas dispostas a "colocar a mão no bolso", como diz o
Papa Francisco, em benefício dos humildes e sofredores.
Por último, temos o jejum que para
muitos é apenas reduzir a quantidade de comida. Não é só isso, mas também o
exercício de educar os próprios instintos e paixões. Vejamos o melhor jejum , apresentado
pelo Papa Francisco: 1) jejum de palavras negativas, enchendo-se de palavras
generosas; 2) jejum de descontentamento,
enchendo-se de gratidão; 3) jejum de raiva, enchendo-se de mansidão; 4) jejum
de preocupações, enchendo-se de confiança em Deus; 5) jejum de pessimismo,
enchendo-se de esperança; 6) jejum de tensões, enchendo-se de orações; 7) jejum
de amargura e tristeza, enchendo o coração de alegre serenidade; 8) jejum de
egoísmo, enchendo-se de compaixão pelos outros; 9) jejum de falta de perdão,
enchendo-se de reconciliação; 10) jejum de palavras excessivas, enchendo-se de
silêncio para ouvir os outros.
A Quaresma é um tempo de graças para nos
ajudar a refletir como vai a nossa caminhada de vida.
José Adriano Gonçalves-MLR
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