Nunca se mudou tanto como nos últimos 50
anos: transformação dos valores na família, nas relações sociais, econômicas e
trabalhistas, nos meios de comunicação, na extensão da vida dos indivíduos. Em
consequência. ocorreram a poluição das águas, do solo, do ar, do mar e o
consumismo exagerado e o individualismo gritante.
Os nervos encontram-se à flor da pele e
surgem as guerras entre nações, sobressaindo a ganância, o ódio, a destruição e
mortes de combatentes e de inocentes.
Sorrateiramente aparece um inimigo
invisível, o Covid 19, popularmente conhecido como coronavírus, declarando
guerra a todo o universo. É um estado bélico diferente, porém devastador. Paira
no ar uma interrogação: qualquer pessoa pode ser a próxima vítima, o próximo
contaminado, o próximo óbito. A grande defesa é o isolacionismo familiar,
envolvendo os mais idosos e as pessoas com doenças crônicas. Também as crianças
e a juventude, porque na maioria são agentes assintomáticos, mas podem ser
transmissores da virose. Os grandes heróis nesta guerra, que estão no combate
direto, são os profissionais da área de saúde.
O ódio, o consumismo e o individualismo
reinantes já começam a dar lugar ao amor, a partilha e a solidariedade. Este
vírus começa a atingir seus objetivos: a purificação do ser humano, porque o
universo é para todos, sem distinção de qualquer natureza. Também o planeta
terra começa a ser purificado da poluição, provocada por seus habitantes. Temos
certeza que o futuro do universo será diferente, ocorrerá um renascimento.
Vamos aguardar.
Deus, que estava tão esquecido, começa a
ser lembrado. Não nos esqueçamos que Ele é Pai de todos nós e nos deu
gratuitamente a vida, tornando-nos responsáveis por ela. Nesta guerra em que
nos encontramos, social e econômica, devemos lutar para preservar o valor maior
que é a vida. Lutemos por ela e pela subsistência de cada um.
Estamos na Semana Santa, comemorando a
vitória de Jesus sobre a morte, porque Ele ressuscitou. Tenhamos fé, porque Ele
vencerá conosco este terrível inimigo, o coronavírus, porque para Ele nada é
impossível. Tenhamos esperança, porque Ele prometeu estar conosco até a
consumação dos séculos. Tenhamos muito amor, o mandamento que Ele nos ensinou,
porque Ele é o caminho, a verdade e a vida para a vitória final. Maria, a Mãe
do Cristo e de toda a humanidade, também sente e sofre a dor, o sofrimento, a
angústia, o medo e a insegurança de seus filhos. Como nossa intercessora
onipotente, roga pela reabilitação de cada um de nós, junto à ternura do seu
Filho Jesus.
José
Adriano Gonçalves – MLR/Rio
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