PARABÉNS PELO SEU ANIVERSÁRIO MLR

No dia 27 de abril, a Unidade dos Missionários Leigos Redentoristas - MLRs da Paróquia Santo Afonso - completa 19 anos de existência. Com carinho, sobressai a presença do primeiro Dirigente Espiritual, Pe. Jesu Ferreira de Assis, CSsR, já falecido. Ele traçou as diretrizes que deveriam nortear a caminhada a ser percorrida. Lembrou que todos foram convidados pela comunidade religiosa da Paróquia, para serem testemunhas do Redentor num mundo ferido. E juntos proclamarem a Boa Nova de Jesus Cristo aos mais pobres, excluídos e abandonados. O redentorista não é o senhor, mas o servidor, a exemplo da Mãe Santíssima, e amigo de Deus, o verdadeiro protagonista da história. Para essa vivência é necessária uma vida de oração. O grande objetivo dessa interação entre religiosos e leigos é participar da Missão Redentorista, conscientes de que sem o Espírito Santo, a missão não será mais do que propaganda.

Para serem atraídos pelo carisma de Santo Afonso, que vive a comunidade redentorista que os acolhe, é preciso a formação inicial de três anos. A finalidade é conhecer os Estatutos e Diretrizes Redentoristas, os Santos e Beatos da Congregação e participar efetivamente das comemorações redentoristas, das religiosas e dos eventos delineados pelo Dirigente Espiritual e pelo Pároco. É um tempo de discernimento vocacional e de formação para a Missão. Após esses três anos, o candidato será avaliado e sendo aprovado receberá a Cruz Redentorista, numa celebração eucarística.

Hoje o Núcleo da Santo Afonso conta com dez membros efetivos e quatro postulantes, sendo que do grupo inicial só um membro fundador perseverou. Outro ponto importante: a formação deverá ser permanente para o crescimento individual de cada leigo. Ele será sempre "um colaborador ativo que participa da vida apostólica da Congregação Redentorista". Será também uma testemunha do Redentor com sua palavra de missionário e sendo discípulo na sua vida pessoal e cotidiana, na sua casa, nos ambientes que frequenta. Viverá sempre os carismas redentoristas, os quais abraçou, porque uma vez Missionário Leigo Redentorista, sempre redentorista.

                                                            José Adriano Gonçalves- MLR -Fundador

VAMOS NOS MOBILIZAR, MINHA GENTE!

 

TEMPO DE FOME, TEMPO DE PARTILHA

É bom lembrar que viemos do útero eterno do Senhor, por isso todos somos irmãos. A pandemia veio reavivar a fraternidade, mostrando que não importa se é rico ou pobre, o vírus atinge a todos. A grande verdade da vida ficou diante dos olhos, que é a morte. Surgiram os questionamentos: a fome da justiça, a fome da solidariedade. O desemprego se generalizou, com falta de trabalho, logo é tempo também da fome do estômago.

O Papa Francisco questiona a fé "estéril", sem partilha de bens e nem atenção ao sofrimento dos outros. E continua: “se o amor acaba em nós, a fé evapora-se. Sem as obras de misericórdia, a fé morre. Eu, que tantas vezes recebi a paz de Deus, o seu perdão, a sua misericórdia, eu sou misericordioso com os outros? Eu, que tantas vezes me alimento do Corpo do Cristo, faço alguma coisa para matar a fome de quem é pobre? ”

Chegou a hora do tempo da partilha. No seu condomínio, no seu prédio, com seus amigos é possível arrecadar alimentos não perecíveis e entregá-los na sua Igreja. O Cardeal Orani sugere que ao ir a sua paróquia leve pelo menos um quilo de alimento. Isto já está sendo pedido nos postos de vacinação. Ninguém é tão pobre que não possa fazer essa doação. Pense nisso: vamos atenuar a fome de quem precisa, porque é fome do estômago. Podem ser famílias da periferia, pessoas das comunidades-favela e até mesmo pessoas que moram ao seu lado e estão vivenciando estes momentos difíceis e não temos conhecimento. Vivem a insegurança alimentar, porque a fome dói. É hora de despertar, porque para Deus ninguém é inútil, ninguém é excluído. É tempo de fome, mas também é tempo de partilha. Deus conta com sua generosidade.

                                                            José Adriano Gonçalves – MLR/Rio 

FÉ E CIÊNCIA NA PANDEMIA

   O Papa São João Paulo II ponderou que a ciência ajuda a esclarecer a nossa fé, e a fé ajuda a ciência a ser instrumento do bem. A fé aponta a direção dos caminhos, enquanto a ciência estuda seus problemas e soluções. É preocupante, na pandemia, o negacionismo da ciência. Nós, como cristãos, não podemos entrar nessa.

No Brasil, são mais de trezentas mil mortes e no mundo já passam de milhões. O que fazer? Acreditar sempre que o Senhor Deus não nos abandonará, porque Ele não deseja nenhum mal para os seus filhos. O Espírito Santo já está agindo, iluminando os cientistas a criarem vacinas e medicamentos capazes de conter a contaminação do coronavírus.  É lamentável a aquisição de um número reduzido de vacinas pelo nosso país. As consequências estamos vivendo, trancafiados em nossas residências. Tenhamos fé que o Senhor de todas as ciências não nos deseja nenhum mal e, na sua infinita misericórdia, vai exterminar esse vírus. Porém, o momento é de alerta, para que nos conscientizemos de nossa fragilidade.

Não custa lembrar que Deus criou o universo com suas riquezas para todos. Precisamos acabar com as discriminações de qualquer espécie, com a pobreza, com a miséria, com os excluídos, com a fome. Constatamos que com o Covid-19 não existe nem pobre, nem rico, pois a virose atinge a todos sem distinção social. Deus é paciente e está nos concedendo tempo, com o Rioprolongamento da pandemia, para que mudemos nossas condutas.

Para nossa reflexão, fica a comparação do Papa São João Paulo II: "Fé e razão são como duas asas, pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade". A verdade é Deus, como disse Jesus: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida". Diante do exposto, apresenta-se a interrogação: até quando o Senhor irá esperar a conversão da humanidade?

                                                                     (José Adriano Gonçalves - MLR /Rio)