A Venerável
Madre Maria Celeste Crostarosa
Maria Celeste Crostarosa,
uma mulher que soube amar até o fim, possuidora de uma sabedoria divina para contemplar a ação de
Deus através de sua vida: a vida sempre em
movimento...
Ela nasceu em Nápoles, em 31
de outubro de 1696, com o nome de Giulia Crostarosa Marcella, filha de Francesco Battistini
Caldari Crostarosa e Paola, um descendente de uma família nobre de Abruzzo,
L'Aquila e senhores Pizzoli. Foi a
décima entre doze filhos, sendo cinco homens e sete mulheres. Uma jovem típica
napolitana: sensível, alegre, viva e de
inteligência precoce, apreciava as leituras da vida dos Santos, feitas em
família.
Aos vinte
e um anos de idade, Giulia e a irmã mais velha, Úrsula, entram juntas para o
Convento Carmelo de Marigliano. Dois
anos depois, Giovana, a irmã mais jovem, seguiu o mesmo destino.
No dia 21
de novembro de 1718, festa da “Apresentação de Maria ao Templo”, Giulia e
Úrsula receberam o hábito religioso. Giulia passou a se chamar Irmã Maria
Celeste e, no ano seguinte, fez a Profissão Religiosa. Dedicou
sua vida à missão, principalmente por meio da contemplação, com pertença ao
Mosteiro da Visitação, em Scala. E foi em Scala que um certo Padre, adoentado,
chamado Afonso, fora enviado para descansar
próximo ao convento de Irmãs e lá conheceu a Irmã Maria Celeste
cuja virtudes se destacavam.
Em 3 de outubro de 1731, a Irmã Maria Celeste
obteve uma visão. Nela, Afonso estava designado por Deus para fundar uma
Congregação. O Padre Afonso travou um
duelo entre este designo de Deus e a humildade que escolhera para viver, esta
luta foi um verdadeiro martírio para ele. A santa irmã chegou mesmo a
intimá-lo: “Dom Afonso, Deus não o quer
em Nápoles; chama-o para fundar um novo Instituto”.
Padre Afonso escutou o seu
coração e aceitou a missão que Deus lhe conferiu. Assim, deu vida ao Instituto
do Santíssimo Salvador. Mais tarde, o Instituto se dividiu em dois ramos: o das
monjas de clausura, na referida ordem religiosa; e a 9 de Novembro de 1732, o
ramo dos religiosos de vida apostólica e missionária que passou a se chamar
Congregação do Santíssimo Redentor.
Os pensamentos santa irmã,
sua espiritualidade, experiências místicas, estão contidos em numerosos
escritos de grande valor, mantido em excelentes condições. Ela nasceu para
dirigir, com inteligência incomum. Possuía a capacidade de conseguir o que
queria, congregando com
a força de persuasão e do exemplo.
Madre Maria Celeste
Crostarosa morreu em Foggia 14 de setembro de 1755, aos 59 anos, seu processo de
beatificação foi introduzido em 11 de agosto de 1901.
“No ultimo dia 3 de junho, o Papa Francisco autorizou a Congregação
para as Causas dos Santos a promulgar o decreto sobre as virtudes heróicas da
Irmã Maria Celeste Crostarosa, fundadora das Redentoristinas. Este decreto
marca a feliz conclusão dessa fase da causa que diz respeito à pesquisa e
estudo de sua vida, as virtudes e a fama de sua santidade, com a promulgação do
decreto, Ir. Maria Celeste foi declarada VENERÁVEL.”
A autenticidade das revelações
sobre o novo Instituto é universalmente reconhecida, e as Congregações dos
Redentoristas, reconhece-a como Mãe, cuja “gestação” da Congregação se deu no
meio de uma vida dolorosa e incompreendida por muitos.
Paulo Alexandre e Ariadne Vieites – MLR-Rio